Vida Urbana

Pena do trio de canibais de Garanhuns será de quase 300 anos

Foto: Leo Malafaia/Arquivo DP FOTO.

A condenação pelos crimes de homicídio qualificado, esquartejamento, ocultação e vilipêndio de cadáver, ocorridos em Olinda, aumentou de 21 anos e seis meses de reclusão para 27 anos e um ano e meio de detenção para Jorge Beltrão; e de 19 anos de prisão para 24 anos de regime fechado e um ano de detenção para Isabel Pires e Bruna Silva. Os anos de prisão decretados pela justiça devem ser cumpridos no regime fechado. Já as penas de detenção poderão ser cumpridas em regime aberto.

"Na época do julgamento, o Ministério Público ficou irresignado com a dosimetria das penas feita pelo juízo da época. Consideramos que as penas foram injustas, vez que os reclamos da sociedade não tinham sido atendidos. O MPPE pediu aumento de pena porque a personalidade dos réus era extremamente voltada ao mundo do crime. As circunstâncias e o fato do crime foram de uma hediondez extremamente grave", afirmou a promotora de Justiça Eliane Gaia.

O homicídio de Jéssica Pereira só foi descoberto em 2014, quando partes do corpo da jovem foram encontradas escondidas nas paredes da casa onde os três condenados moravam, no bairro de Rio Doce, em Olinda. A vítima vendia doces nos semáforos do bairro do Boa Viagem, na Zona Sul do Recife e tinha uma filha de 1 ano e meio. Após cometerem os crimes, Bruna Silva adulterou os documentos da filha de Jéssica e criou a menina como se fosse sua filha biológica. A criança chegou a ser forçada a comer carne humana.

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O trio também foi condenado por duplo homicídio triplamente qualificado, ocultação e vilipêndio de cadáver, furto qualificado, estelionato e falsa identidade. Os crimes ocorreram em Garanhuns, no Agreste pernambucano, em 2012. As vítimas identificadas pela polícia foram Giselly Helena da Silva, 31 anos, e Alexandra Falcão, 20. Nesse julgamento, as penas foram de 71 anos para Jorge; 68 anos para Isabel; e 71 anos e 10 meses par Bruna. No entanto, neste julgamento, ainda cabe recurso pela defesa dos réus.

Os três condenados estão presos desde 2012, quando a polícia descobriu que eles utilizavam os cartões de crédito das vítimas. Atualmente, as duas mulheres cumprem penas na Colônia Penal Feminina de Buíque, no Agreste do estado. E Jorge está preso na Penitenciária Professor Barreto Campelo, na Ilha de Itamaracá, na Região Metropolitana do Recife.

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