Durante a visita do ministro da Justiça, Sérgio Moro, ao município de Paulista, na Região Metropolitana do Recife, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, disse que o derramamento de óleo no litoral do Nordeste não pode continuar sendo tratado de forma improvisada pelo Governo Federal. Câmara acrescentou que espera que algo seja feito após a Justiça cobrar medidas a serem tomadas, sob pena de multa. Há previsão do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, estar em Pernambuco nesta terça-feira.
O governador cobrou um plano de contigência para minimizar os danos com base em planejamento. "É preciso uma força tarefa federal para que todos os equipamentos sejam colocados à disposição. É o maior acidente ambiental da história do Brasil. É preciso esforço redobrado, cada vez mais profissional e determinado. Não se sabe o dia de amanhã e o dano ao meio ambiente, ao futuro do turismo no Nordeste e à saúde das pessoas. O Consórcio Nordeste está trabalhando, os governadores estão fazendo o seu trabalho, mas não é fácil por conta da falta de informações. Diante da decisão da Justiça, esperamos que providências ocorram. Não pode ser tratado, depois de 50 dias, da forma improvisada como a gente está vendo", disse Câmara.
O governo do estado tem feito reuniões frequentes no comitê de crise instalado para tratar o derramamento de óleo no litoral. Há participação do Ibama e da Marinha nos encontros. "Temos feito esforço enorme na colocação de barreiras de contenção, principalmente na entrada dos rios. O trabalho de limpeza tem acontecido em todas as praias onde o óleo chega. Temos dez barcos no litoral justamente para fazer com que as manchas identificadas ainda na água não cheguem nas praias e estamos fazendo sobrevoos diários, no início da manhã e ao longo do dia. Nos preocupa que não tem origem e causa e a mancha chega de maneira rápida. Desde quinta estamos em alerta", pontuou o governador.
Leia a notícia no Diario de Pernambuco
Loading ...