Enfermeiros que trabalham em unidades de saúde da rede pública de Pernambuco ameaçam entrar em greve a partir da próxima segunda-feira (23). Eles denunciam falta de equipamentos básicos de proteção, a exemplo de máscaras e aventais, e desabastecimento de álcool em gel e sabão nos hospitais.
Ludmila Outtes, presidente do Seepe (Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Pernambuco), diz que parte dos servidores está desprotegida para realizar o trabalho diante do avanço do coronavírus.
"O problema não é de hoje, mas se agravou com o coronavírus. Nós estamos de frente e não podemos aceitar falta de máscaras, aventais e até sabão. Por isso, faremos uma reunião hoje para decidir se vamos parar as atividades na segunda", declarou. Ela diz que a situação é mais difícil nos hospitais Getúlio Vargas, Geral de Areias, Otávio de Freitas e Correia Picanço.
Em nota, a SES-PE (Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco) informou que as unidades sob gestão estadual estão funcionando normalmente, sem relatos de falta de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem.
O comunicado informa que a SES-PE já iniciou processo de compra emergencial de equipamentos de proteção individual para as unidades com o objetivo de assegurar o abastecimento permanente.
O órgão informou que as direções das unidades estaduais têm feito um trabalho diário de conscientização dos seus profissionais sobre o uso adequado e oportuno dos EPIs, a exemplo de máscaras respiratórias, aventais descartáveis, luvas de segurança e toucas.
O governo de Pernambuco informou que, desde 2015, aproximadamente 8 mil profissionais concursados dos mais diversos níveis e categorias foram nomeados para exercer atividades nos hospitais estaduais.
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