Vida Urbana

Especialista alerta sobre os perigos de mergulhar em águas rasas

Com o fim da quarentena e volta do turismo, as praias e hotéis estão lotados, sobretudo por crianças e adolescentes, que na falta da rotina escolar estão cheios de energia para gastar. Porém, os pais precisam atentar para as brincadeiras na água. Segundo a Sociedade Brasileira de Coluna (SBC), o mergulho em água rasa é a quarta causa de lesão medular no país e no verão passa para a segunda posição.

Breno de Macêdo, neurocirurgião especialista em coluna, explica que é fundamental prevenir que a criança e adolescente pule em águas escuras com pouca visibilidade, perto de pedras ou em lugares rasos. “Mergulhar em locais inapropriados pode resultar em fraturas graves, com perda da função motora e sensitiva, por isso é tão importante orientar os filhos sobre os mergulhos de cabeça em águas desconhecidas. O conselho vale para cachoeiras e rios também, pois podem levar a quedas e fraturas”, ressalta. Ele sinaliza que o reconhecimento de campo sobre o ambiente visitado pode ser uma boa solução para evitar acidentes.

O especialista conta ainda que os traumas mais recorrentes nessas situações são as lesões cervicais, com necessidade de intervenção cirúrgica. “A cirurgia é feita para descomprimir a medula e estabilizar a coluna, mas pode não reverter a lesão medular, podendo deixar o paciente tetraplégico ou paraplégico”, afirma. Ele orienta sobre os cuidados ao presenciar um acidente desse tipo. “Deve-se retirar a vítima da água para impedir o afogamento, mas é preferível evitar transportar o paciente, pois a movimentação incorreta pode piorar a situação. Chame a emergência a fim de que a transferência seja feita para uma unidade de saúde apropriada”, conclui.  

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