"As cenas de truculência e brutalidade da ação policial em Recife causam imensa preocupação com o despreparo das forças para lidar com manifestações de grande porte, que tendem a se tornar frequentes em 2022. Dois homens que sequer manifestavam perderam um olho. Até quando?", questionou Gilmar Mendes em seu Twitter.
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Em pronunciamento, o governador Paulo Câmara (PSB) afirmou que repudia todo ato de violência, de qualquer ordem ou origem, e que determinou a apuração de responsabilidades sobre o ocorrido. A Corregedoria da Secretaria de Defesa Social instaurou procedimento para investigar os fatos e o oficial comandante da operação, além dos envolvidos na agressão à vereadora Liana Cirne, devem permanecer afastados enquanto durar a investigação.
“O oficial comandante da operação, além dos envolvidos na agressão à vereadora Liana Cirne, permanecerão afastados de suas funções enquanto durar a investigação. Sempre vamos defender o amplo diálogo, o entendimento e o fortalecimento de nossas instituições dentro da melhor tradição democrática de Pernambuco”, afirmou o governador.
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Manifestação
O protesto pacífico, que ocorria em descumprimento ao Decreto Estadual que proíbe aglomerações de pessoas devido à crise sanitária causada pela Covid-19, foi surpreendido por uma barricada da PM ao chegar na Ponte Duarte Coelho. Os policiais, avançaram contra os manifestantes, que afastavam-se do confronto em direção à Rua da Aurora. Bombas de gás lacrimogênio foram lançadas contra as pessoas que integravam o ato.
Até então, os participantes se organizaram em filas, na tentativa de respeitar o distanciamento social. A estudante de direito, Luiza Maria, 22, falou que a presença de jovens em atos como esses é uma sinalização de resistência. Ela pontua que "se em uma Pandemia a gente precisou sair de casa é sinal que o governo está sendo pior que o vírus".