Para conseguir recursos, a instituição criou uma vaquinha que ficou aberta durante dois meses, mas infelizmente não alcançou a meta. “Recebemos um orçamento de R$ 40 mil pelo serviço completo, que inclui pintar, refazer o telhado, consertar a parte onde o concreto está rachado e colocar lona para evitar alagamento. Se aparecesse pelo menos uma empresa para fazer essa reforma, a gente colocaria no muro o agradecimento pela reforma” destacou o fundador.
O abrigo também precisa de doações de rações para gato e vermífugos, já que o volume de donativos foi totalmente afetado pela pandemia da Covid-19. “Na verdade, parou. A gente têm 5,7 mil seguidores nas redes sociais e somente dois ajudam com ração. Um doa um saco de ração para cachorro e o outro, um saco para gato. Diariamente a gente faz pedido de ajuda”, comentou Elpídio.
O espaço sobrevive da renda que é gerada através da venda de discos de vinil e CDs doados à entidade. O valor arrecadado com as vendas é direcionado para material de limpeza e compra de ração. Entre os planos, também está a reabertura do brechó da instituição, que já foi uma porta para auxiliar nas despesas. “Consigo comprar um saco de ração para cachorro de R$ 130, mas a de gato custa em média R$ 180. Temos um gasto de R$ 3,2 mil só com gatos. Agora mesmo a gente está com uma gata internada e a conta já vai em R$ 1,4 mil.”
“Queremos conseguir também a abertura do CNPJ da ONG, que é muito difícil. Três deputados prometeram que iriam abrir o CNPJ. Com esse número em mãos a gente conseguiria um terreno com espaço maior, arborizado, para que pudesse criar outros animais de rua, mas infelizmente só ficou na promessa”, descreve o fundador da instituição.