RIO DOCE

Prédio com risco de desabamento é demolido em Olinda

Publicado em: 18/05/2023 12:57 | Atualizado em: 18/05/2023 22:32

O Brooklin foi desocupado após moradores ouviram um forte estalo. O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 22h30 do dia 3 de maio (Rafael Vieira/DP)
O Brooklin foi desocupado após moradores ouviram um forte estalo. O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 22h30 do dia 3 de maio (Rafael Vieira/DP)
Começou nesta quinta-feira (18) o processo de demolição do prédio do Bloco D do Conjunto Habitacional Juscelino Kubitschek, em Rio Doce, Olinda. A previsão é que a demolição seja concluída até este sábado (20). De acordo com a Prefeitura de Olinda, o Bloco D, conhecido como "Brooklin", foi condenado há 18 anos, mas estava ocupado há cerca de cinco anos por 23 famílias. Trata-se de ocupação irregular. A retirada dessas famílias foi realizada pela Defesa Civil do município, logo após moradores ouvirem estalos da sua estrutura, no último dia 3. 
 
Os moradores tiveram tempo para retirar pertences e até objetos maiores, como eletrodomésticos.  A Prefeitura de Olinda informou que a assistência social cadastrou todas as famílias que ocupam o imóvel para receber auxílio de aluguel e disponibilizou abrigo municipal para os que não tiverem para onde ir. A gestão municipal não informou quantos aceitaram a oferta. 
 
Durante a demolição, as casas que ficam nos arredores do "Brooklyn" tiveram que ser interditadas, removendo os moradores até a conclusão da demolição e a confirmação da segurança das estruturas. 
 
Esse foi o terceiro prédio demolido em Olinda, em um mês, logo após a tragédia do Edifício Leme em seguida do Leme, em Jardim Atlântico, onde seis pessoas morreram e cinco ficaram feridas, entre os dias 27 e 28 de abril, após o desabamento parcial do imóvel, que também chegou a pegar fogo. O Edifício Marquês de Felipe, também em Jardim Atlântico, foi desocupado e demolido, também por risco de desabamento. 
 
Em Olinda, de acordo com a  Defesa Civil do município, há 110 prédios condenados em toda cidade, quase metade disso ocupada irregularmente. Em alguns casos, como no Leme, os ocupantes originais chegaram a ser indenizados pela seguradora (na maioria a Caixa), mas por não evitarem a ocupação irregular, permitiu-se um mercado ilegal de compras e aluguéis nessas unidades. Mesmo em risco, os preços baixos atraem quem não tem condições de achar outro lugar para morar. 
 
A maioria desses edifícios condenados é do tipo caixão, sem fundações sólidas, modelo popular nos anos 1970 e 1980
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