DEMOLIÇÃO

Movimentos realizam ato cultural e evitam demolição de prédio histórico de Paulista

Publicado em: 25/07/2023 13:30 | Atualizado em: 25/07/2023 14:18

Representantes do IHGAAP, do Movimento Pró-Museu, Sindicato dos Tecelões, Academia de Letras do Paulista, e o Padre Renato Maia, estiveram  nesse ato em defesa do patrimônio. (Foto: Ricardo Nascimento/Divulgação)
Representantes do IHGAAP, do Movimento Pró-Museu, Sindicato dos Tecelões, Academia de Letras do Paulista, e o Padre Renato Maia, estiveram nesse ato em defesa do patrimônio. (Foto: Ricardo Nascimento/Divulgação)
Num ato em defesa aos prédios históricos da cidade de Paulista, realizado na manhã de hoje (25) às 11h, em frente ao sindicato dos tecelões, o movimento Pró-Museu, acompanhado pelo Instituto Histórico Geográfico Arqueológico e Antropológico do Paulista, a Academia de Letras e Artes do Paulista, a página "Muita História pra Contar", convocaram a população para participar da realização de um ato cultural contra a demolição do antigo prédio do alistamento militar, como também o obelisco e o busto do Papa João XXII, que dá nome a praça onde estão localizados os imóvel e os monumentos.

De acordo com os representantes dos movimentos, a cidade, sob o pretexto de revitalizar a área, tinha como objetivo demolir o imóvel e os monumentos que fazem parte da história de Paulista. Prédios históricos são testemunhas físicas do passado. Eles ajudam a entender a história e a evolução das cidades, bem como a identidade cultural das comunidades que nelas vivem ou viveram.

O Presidente do Instituto Histórico do Paulista e Coordenador do Movimento Pró-Museu, Ricardo Andrade, destaca que “nós temos história de lutas, em defesa da preservação do patrimônio, de nossa identidade local e da memória coletiva, e sabemos o que dizemos. Estamos pedindo à Prefeitura, a cessão de uso, por no mínimo 20 anos, do prédio, para uso, por parte do Movimento Pró-Museu e do Instituto Histórico do Paulista, onde poderemos ressignificar o espaço, criando um Centro de Memória.” declarou Andrade.

Paulista tem um Conselho de Preservação do Patrimônio na forma da lei, e foi fundado em 1984, mais antigo depois do de Olinda, mas está desativado faz vários anos, o município necessita de uma política de educação patrimonial, de proteção do centro histórico. Paulista está no meio de duas cidades históricas, Olinda e Igarassu, e por isso possui um extenso e rico patrimônio do período têxtil/fabril e da época colonial.

Os protestos realizados pelos movimentos surtiram efeito e as demolições foram suspensas. De acordo com o Secretário de Desenvolvimento Urbano, Tecnologia e Meio Ambiente de Paulista, Sérgio Pinho Alves, “A posição da prefeitura municipal de Paulista e da secretaria é que esta demolição está suspensa até que haja uma nova e oportuna discussão a respeito” afirmou o secretário.

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