De quinta até o próximo sábado a cidade do Recife será palco do 12º Congresso Brasileiro de Fissuras Lábio Palatinas e Anomalias Craniofaciais. O evento, que pela primeira vez será realizado em Pernambuco, acontece no Centro de Eventos Recife, localizado na Faculdade Pernambucana de Saúde, na Imbiribeira. O tema do encontro a ser debatido entre os profissionais e estudantes da área de saúde será "Conectar e construir a excelência no tratamento das fissuras".
Os organizadores do evento pretendem reunir 300 congressistas, que terão a oportunidade de participar de quatro cursos abordando temas específicos da cirurgia plástica, ortodontia, fonoaudiologia, psicologia e serviço social. De acordo com o presidente do Congresso, o cirurgião plástico Rui Pereira, as fissuras labiopalatinas são malformações congênitas que afetam o desenvolvimento do lábio superior ou do palato, conhecido como céu da boca, das pessoas.
"O congresso será um evento inclusivo e interdisciplinar, cujo programa permitirá o entrelaçamento por meio de debates de ricas experiências. Vemos neste encontro amplas perspectivas de aprendizado através de relatos muito importantes", ressalta o médico.
O congresso traz a oportunidade de formação de novos profissionais, incluindo na sua grade de programação parte específica a estudantes de graduação e pós-graduação.
Mais pobres sofrem do problema
Segundo estudos, no Brasil a maioria das pessoas que apresentam fissuras está entre a população mais carente, o que reforça a importância de ações preventivas e de promoção à saúde nos diversos níveis do sistema de saúde. De acordo com os especialistas, a pessoa sendo atendida adequadamente tem expectativa de ter uma vida normal. A formação de profissionais da área da saúde voltada para o atendimento dessas pessoas torna-se indispensável, sendo necessárias medidas urgentes de descentralização e otimização dos serviços, visando a inclusão social por meio da reabilitação.
O tratamento depende da gravidade da malformação e é de caráter multidisciplinar, tendo a cirurgia plástica , a ortodontia e a fonoaudiologia como tratamentos indispensáveis à reabilitação completa das pessoas portadoras de fissuras.