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Brasileiros sofrem com efeitos do conflito entre Hamas e Israel
Brasileiro que vive em Harish, em Israel, ressalta que há receio de que a violência se alastre e se manifeste de outras formas internamente, com um possível crescimento da revolta contra os judeus por parte da população árabe muçulmana que mora dentro de Israel
"Tenho evitado ao máximo sair de casa, me mantendo informado sobre orientações do governo de Israel e trabalhando remotamente. E a qualquer sinal de perigo, a recomendação é se abrigar no bunker por alguns minutos, estocar água e alimentos na medida do possível". Esta é a atual rotina de Arthur Azoubel, um dos 14 mil brasileiros que vivem em Israel atualmente.
O conflito entre Israel e a Palestina já dura décadas e não é novidade para os judeus e palestinos. No entanto, o recente ataque do grupo palestino Hamas foi visto como inesperado pela comunidade judaica.
O sucesso do ataque por parte do grupo extremista islâmico se deu após o Hamas passar a ideia de que estaria cansado dos conflitos, fazendo com que Israel abaixasse a guarda. O grupo aproveitou a brecha para invadir Israel, munido de escavadeiras, foguetes, asa-delta e motocicletas.
Arthur Azoubel mora em Harish, cidade no centro/norte de Israel, e explica que os israelenses estão cientes de situações de risco como esta e que a população já é habituada com o cenário, sabendo como deve prosseguir. “Quando há um ataque aéreo direcionado a determinada área, as sirenes soam e toda a população tem aproximadamente um minuto e meio para se dirigir aos abrigos subterrâneos, e nesse caso do ataque de ontem não foi diferente”, completa.
O brasileiro ressalta que o agravante inédito é o fato de que há mais de 50 anos Israel não sofria um ataque do Hamas por terra através da fronteira com Gaza e que a quantidade de mísseis enviados em um curto período de tempo também chamou a atenção. Estima-se que foram lançados cerca de 5 mil foguetes a partir da Faixa de Gaza.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, decidiu revidar os ataques e afirmou que “o nosso inimigo pagará um preço que nunca conheceu”. O contra-ataque começou no sábado (7), mesmo dia em que o Hamas invadiu Israel. Até o momento, o conflito deixou ao menos 1.200 pessoas mortas e três brasileiros estão desaparecidos.
O recifense Nathan Rosenthal também é judeu e, apesar de reconhecer a violência do grupo Hamas, ressalta que Israel reage de uma forma violenta aos ataques.
“A guerra é ruim pra todo mundo. Em guerra não existem sobreviventes, não existem pessoas que saiam bem, não existe vantagem. Todo mundo é vítima. A gente viu aí uma carnificina perpetuada dentro de Israel por parte do terror provocado pelo Hamas. E a gente vai ver também, aliás, já estamos vendo uma resposta desproporcional, e eu ouso afirmar, até mesmo brutal por parte de Israel”, completa.
De acordo com Nathan, o ciclo de violência só será quebrado com as saídas do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu do poder e do Hamas da Faixa de Gaza.
Força Aérea do Brasil começa a resgatar brasileiros presos em Israel
O Brasil está enviando aviões para Tel Aviv, em Israel, a fim de resgatar os brasileiros que estão no país nesta segunda-feira (9). O primeiro, um Airbus A330-200 convertido em um KC-30 com capacidade para 230 passageiros, saiu nesta manhã.
Outro KC-30 e dois KC-390, com capacidade para 80 passageiros cada, além de duas aeronaves da Presidência da República, com capacidade para transportar até 40 passageiros cada uma, serão enviados ao país. De acordo com a FAB, o segundo KC-30 partiu às 16h de hoje.
O Itamaraty estima que ao menos 30 brasileiros vivem na Faixa de Gaza e outros 60 em Ascalão e em localidades na zona de conflito. Já em Israel, a embaixada brasileira já tinha reunido, até este domingo, informações de cerca de mil brasileiros hospedados em Tel Aviv e em Jerusalém interessados em voltar ao Brasil. A maioria é de turistas que estão em Israel.
Com informações da Agência Brasil.