Vida Urbana

Caminhada dos terreiros de Pernambuco pede fim da intolerância

O evento partiu do Marco Zero e foi até o Pátio de São Pedro, no Centro do Recife

Caminhada dos Terreiros pediu fim da intolerância

O evento reuniu centenas de pessoas no marco zero. Elas entoaram canções, evocando os seus orixás e fazendo as suas oferendas.

Um dos organizadores do evento, que faz parte do terreiro Ilê axé oxossi guagobira no pina, Oga Douglas falou da emoção de participar deste evento.
 
“Faço parte da caminhada dos terreiros há muito tempo e a gente sempre abre com exu que é o primeiro orixá que recebe todas as canções e abre os caminhos e da fertilidade. Então, pedimos a ele que a gente faça uma boa caminhada e que a sociedade escute o nosso apelo”, declarou Oga Douglas.

Ainda durante a caminhada foi possível observar a adesão de pessoas que se produziram para participar do evento.

“Sou de Caruaru (Agreste) e faço parte de matriz africana. Essa caminhada vem apenas e simplesmente mostrar que nós continuamos vivos e pedimos respeito não só pela religião que é liberta, mas também contra o racismo e intolerância religiosa”, explicou Sidinho T’Ayra, Ebome e economista de 39 anos.

Edson Axé que também é um dos coordenadores do evento, falou sobre a importância da caminhada dos terreiros.

“Sou da coordenação da Associação da Caminhada de Terreiros de Pernambuco (ACTP) e estamos indo às ruas para dar um basta à intolerância religiosa e este ano na 17ª caminhada estamos homenageando as nações de maracatus que todos vêm tocando seus tambores em homenagem aos nossos orixás”, disse Edson Axé.

Antes das 17h a caminhada partiu do marco zero com destino ao pátio de São Pedro, onde foram feitas as celebrações com todas as associações dos terreiros de Pernambuco.

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