Vida Urbana

Caso Miguel: mãe do garoto entra com recursos no TJPE por causa da redução de pena de Sarí Corte Real

Mirtes Renata afirmou que a defesa dela protocolou na corte embargos de declaração

Miguel Otávio tinha 5 anos quando morreu ao cair de prédio

Em entrevista ao Diario de Pernambuco, Mirtes disse que a defesa dela protocolou na corte embargos de declaração.
 
Assim, recorreu das decisões divergentes do colegiado de desembargadores.

A defesa da condenada já havia recorrido da decisão do TJPE por causa da nova pena instituída à Sarí. 
 
Por isso, ela continua respondendo ao processo em liberdade provisória.

A prisão dela só poderá acontecer quando o caso for transitado em julgado. Ou seja, quando não houve mais chance de recursos.  

Segundo o TJPE, Sarí poderá recorrer em liberdade. Agora, ela deverá apresentar recursos ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília.
 
Entenda o caso 

Mirtes Renata é a mãe de Miguel

O menino estava sob os cuidados de Sarí, enquanto a mãe dele, Mirtes Renata, então empregada doméstica, passeava com a cadela dos patrões.
 
Miguel entrou em um elevador para procurar a mãe. Sarí tentou tirá-lo algumas vezes, mas não conseguiu. 

Em um determinado momento, a mulher apertou botões do equipamento. Miguel foi até o nono andar do prédio e caiu, não resistindo aos ferimentos e falecendo no loca. 

“Estávamos esperando somente o acórdão ser publicado pela corte para poder protocolar com o recurso de embargs de declaração, pois não concordo com a redução da pena dela (Sarí). A gente vem desde o começo batalhando pela pena máxima e ai no último julgamento veio a redução dessa forma. Estamos recorrendo e não concordamos com vários pontos apresentados pelos desembargadores, principalmente, pela conduta social de Sarí, que é uma pessoa controladora, que é reprovável”, avalia Mirtes Renata. 

Como foi o julgamento do dia 8 de novembro

O julgamento aconteceu no Palácio da Justiça, no bairro de Santo Antônio, no Centro do Recife.  
 
A sessão teve a presidência do desembargador Cláudio Jean Nogueira Virginio, que também é o relator do processo de apelação.
 
Também fizeram parte do colegiado a desembargadora Daisy Andrade Pereira e Eudes França.  
 
Os magistrados analisaram recursos impetrados pela defesa de Sarí. 
 
O resultado apontou votos divergentes entre os três integrantes da Câmara Criminal.

O relator do caso manteve a condenação e a pena estabelecida anteriormente. 

A revisora optou por manter a condenação, mas apontou a necessidade de reduzir a pena para seis anos de prisão em regime semiaberto.

O terceiro componente do colegiado votou por uma pena de sete anos em regime fechado e manteve a condenação.

Com isso, foi assinado o acórdão da sessão de julgamento, com a decisão de manutenção da condenação e redução da pena
  
Histórico

Sarí foi condenada com base no artigo 133, parágrafo 2, do Código Penal, que prevê o crime de abandono de incapaz com resultado morte. A pena é de quatro a doze anos de regime fechado. 
 
Ela foi condenada em 2022, mas recorreu e segue respondendo em liberdade. Ela não compareceu à sessão que julga a apelação a pedido de sua defesa.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco