Vida Urbana

Advogada que integrava quadros da OAB-PE é presa por envolvimento com gêmeos que comandavam crimes no Grande Recife

Segundo Polícia Civil, profissional é uma das 11 pessoas presas pela Operação Blindados, deflagarada na terça (23)

Arma e munições foram apreendidos em operação

Também foram capturados dois irmãos gêmeos, identificados apenas como Bruno e Thiago, que são os líderes de uma facção criminosa que atua no bairro de Santo Amaro, na área central do Recife, e em Olinda, na região Metropolitana.
  
Além disso, de acordo com a polícia, a advogada presa trocava mensagens com os líderes, apontando possíveis alvos de crimes, inclusive, integrantes do Poder Judiciário. 
 
Ela ultrapassa os limites da atuação de advogada, ainda de acordo com a polícia. 

Os outros oito presos integravam a facção, que tinha como uma das características o uso de carros blindados. 
 
Eles andavam com esses veículos para evitar retaliações de gangues rivais. Por isso, a operação foi batizada dessa maneira. 
 
Os detalhes sobre a operação foram divulgados, nesta quarta (24), durante entrevista coletiva concedida pela Polícia Civil. 
 
Segundo o delegado Jorge Pinto, do Grupo de Operações Especiais (GOE), os integrantes da quadrilha agiam com brutalidade.
 
"Eles praticavam tortura contra pessoas que deviam dinheiro aos traficantes. Os gêmeos determinavam que se fizessem videochamadas para eles confirmarem que as agressões tinham sido feitas", afirmou o delegado.

Advogada extrapolou limite da função, diz polícia

Segundo o delegado Jorge Pinto, a advogada extrapolou os limites de suas funções. 

“Havia de fato uma advogada que atuava nesse grupo criminoso. Inicialmente, o que seria inerente à atividade de advocacia. Mas o que se percebe durante as investigações é que essa advogada usurpa da função ética exigida pela OAB e começa a atuar numa verdadeira assessoria jurídica criminosa chegando a orientar os indivíduos da atividade criminosa de tal forma a evitar não só a identificação, mas a facilitação dos resultados obtidos pelo grupo”, declarou o investigador. 
 
A equipe do Diario de Pernambuco entrou em contato com a OAB-PE para repercutir a prisão da profissional, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem. 

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