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Segundo incidente com onça parda é registrado em menos de uma semana no Sertão
Caso aconteceu em Belém do São Francisco, de acordo com a Agência Pernambucana de Meio Ambiente (CPRH)
Por meio de nota, a CPRH informou que tomou conhecimento, extraoficialmente, do caso envolvendo uma onça parda no Sertão do estado.
A agência reforça que o animal estava em vida livre em seu habitat natural e que, normalmente, a onça parda, bodeira ou suçuarana (Puma concolor) evitam a interação com humanos.
A CPRH orienta aos produtores rurais da região que, para evitar incidentes, que deixem os animais de criação e domésticos em local resguardado e próximo a área de boa iluminação no período noturno.
A mesma orientação serve para as áreas com circulação de pessoas, manter uma boa iluminação e evitar aproximação com esses felinos.
Lei
A CPRH destacou que é contra a Lei agredir ou matar animais silvestres, como a onça-parda. A orientação é sempre manter a distância dos animais e acionar as autoridades responsáveis se for necessário.
A onça-parda é um animal silvestre, protegido por Lei.
De acordo com essa norma, é crime matar, caçar ou maltratar animal silvestre. Quem cometer esses crimes responde criminalmente e administrativamente.
Primeiro ataque
A mulher foi levada para o Hospital de Floresta, na mesma região, após receber os primeiros socorros, e seguiu para o Hospital Professor Agamenon Magalhães (Hospam), localizado na cidade de Serra Talhada, também no Sertão de Pernambuco.
Em nota, a diretoria do Hospam detalhou a chegada da paciente e como foi o procedimento.
"A paciente deu entrada no hospital apresentando arranhões e uma mordida na perna esquerda. A paciente recebeu os primeiros atendimentos, onde foram realizados curativos e administrado o soro antirrábico. Após a assistência médica, a paciente recebeu alta".
De acordo com George Freire, filho de Inês, após o atendimento no Hospam, a agricultora foi levada de volta ao Hospital de Floresta, para realizar curativos e receber medicação.
Ainda segundo George, a situação foi desesperadora e relata que nunca havia visto algo parecido antes.
"Fui pra uma outra roça. Ela ela foi cortar capim, na frente da casa. Lá, tem um poço e um plantio de capim, não deu 5 minutos eu tinha acabado de chegar na roça, e ela me gritou pedindo socorro que uma onça tinha mordido e eu não acreditei. Fiquei desesperado, não consigo relatar e imediato liguei para o hospital de Floresta, que fica a 12 km de nossa localidade. O pessoal veio rapidinho, fez os primeiros procedimentos para estancar o sangue e levaram pra Floresta".
Ele ainda ressalta que pediu providências e ressalta que sua mãe está muito abalada e nervosa.
"Ela reside a 58 anos aqui e nunca viu. Há 2 anos, que tenho visto comentários de onça no mato matando animais como bode, e aqui dentro de nossa propriedade nunca ocorreu isso", disse.
Ele ainda acrescenta que solicitou que o Ibama, polícia civil, governo do estado e o município tomem providências, para a segurança das pessoas.
Onça morta
Em dezembro de 2023, agricultores do interior de Pernambuco foram punidos pela morte de uma onça.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) multou os responsáveis pelo crime ambiental, em Mirandiba, no Sertão. Na internet, o órgão informou, de 22 de dezembro de 2023, que os homens também foram intimados para prestar depoimento à Polícia Federal em Pernambuco (PF). Ainda segundo o Ibama, os infratores confessaram ter atirado no animal.
Imagens que circularam pelas redes sociais mostram o momento em que um dos agricultores aparece ao lado da onça morta.
Crime Segundo o Ibama, Caçar, perseguir ou utilizar animais silvestres é crime no Brasil, conforme artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/1998), o que pode resultar em pena de detenção de 6 meses a 1 ano e em multa de até R mil por animal.