Crimes
Familiares de universitário morto e motoristas fazem protesto e param Avenida Guararapes
Ato público foi realizado nesta terça (14), no Centro do Recife, para pedir mais segurança no transporte público
Por: Wilson Maranhão
Publicado em: 14/05/2024 11:34 | Atualizado em: 14/05/2024 16:20
Faixa pede justiça para a morte de Gean (Foto: Marina Torres/DP) |
Familiares e amigos do estudante Gean Carlos Lopes Junior, de 20 anos, realizaram um ato nesta terça (14), em conjunto com o Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana.
A manifestação provocou a interdição da Avenida Guararapes, no Centro do Recife, com diversos ônibus enfileirados na via.
O ato foi realizado para cobrar celeridade nas investigações sobre a morte do universitário.
ônibus foram enfileirados na Avenida Guararapes (Foto: Marina Torres/DP) |
Ele levou uma facada durante uma tentativa de assalto a um ônibus do sistema BRT, no dia 1° de maio, no centro da capital pernambucana.
Além de pedir Justiça pela morte de Gean, o ato convocado pelo sindicato pede mais segurança aos rodoviários.
Aos gritos de "Justiça", cerca de 50 pessoas caminharam da Praça da Independência, no bairro de Santo Antônio, até a Avenida Guararapes.
Os manifestantes caminharam até o Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo Estadual, para cobrar mais celeridade nas investigações.
Eles foram recebidos pela equipe da Secretaria da Casa Civil. A mãe de gean estava no grupo que partipou do encontro.
Cartazes foram levados para manifestação (Foto: Marina Torres/DP) |
Gean Carlos foi morto com uma facada no coração, durante uma tentativa de assalto no ônibus BRT.
Ele ainda chegou a ser socorrido para o Hospital da Restauração (HR), mas acabou não resistindo aos ferimentos e faleceu na unidade de saúde.
Participaram do ato estudantes da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), movimentos estudantes e sociais, além de familiares e amigos da vítima.
O pai do estudante assassinado, Gean Lopes, passou mal durante o protesto.
Ele foi levado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
No ato, a mãe de Gean, a autônoma Sinara Patrícia, de 42 anos, cobrou uma atitude da polícia.
"Vim aqui para querer justiça. A capital não está de brincadeira. Esses dias, vi outro outro caso que aconteceu com seis rapazes de faca. Virou uma gangue. Então, a gente veio atrás de justiça, eu quero saber o porquê tiraram meu filho de dentro do ônibus, eu quero saber o porquê não me comunicaram que meu filho estava morto. Então, eu tenho uns porquês que eu estou aqui para isso", contou.
Faixa depe mais segurança em ônibus (Foto: Marina Torres/DP) |
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima, disse que a entidade fez diversas manifestações denunciando os problemas dos assaltos;
Segundo ele, os aumentaram muito dentro dos ônibus e os índices de agressões aos motoristas também cresceram.
"A categoria clama por socorro e para que sejam tomadas medidas para combater essa violência no transporte público", declarou.
Ainda segundo o sindicalista, a luta é feita em conjunto com a família de Gean.
"Infelizmente, a gente tem que entender que há um problema grave aqui da violência no transporte público e que não é culpa nem do motorista nem do usuário de transporte, pelo contrário. São os dois alvos direto dessa violência e a gente tem que apontar os verdadeiros culpados. A culpa dessa violência, a gente tem que direcionar a segurança pública ao governo do Estado", declarou.
O que diz o governo
Procurada pela repoetagem do Diario de Pernambuco, a assessoria de imprensa do Governo do Estado informou por meio de nota que:
"O Governo de Pernambuco, por meio da Casa Civil, informa que recebeu nesta terça (14), os familiares da vítima Gean Carlos, e o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima. As investigações já estão em curso pela Polícia Civil, junto à Polícia Militar, que estão empenhadas em dar celeridade na apuração dos fato".
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