FIM DA GREVE

Após dois meses paralisados, professores da UFPE decidem encerrar greve

Docentes decidiram em assembleia o fim da paralisação no dia 3 de julho. Retorno às aulas será a partir do dia 8

Publicado em: 27/06/2024 14:17 | Atualizado em: 27/06/2024 14:54

 (Foto: Divulgação/Adufepe )
Foto: Divulgação/Adufepe
 
Após sessenta e cinco dias paralisados, a categoria de professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) decidiu, nesta quinta-feira (27), encerrar o movimento grevista. 

A decisão aconteceu após assembleia geral, convocada pela Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), realizada no auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA). 

Na reunião, a categoria aprovou, com 963 votos a favor, 427 contra e 45 abstenções, o encerramento da paralisação, que começou em 22 de abril. Ao todo, 435 professores participaram da votação. 

Segundo a Adufepe, agora, com a decisão de encerrar a greve, na prática, os docentes retornaram às atividades no dia 3 de julho. 

“Mas o calendário acadêmico pós-paralisação será estabelecido pela Adufepe junto à Reitoria da UFPE. Os professores definiram ainda que a data de retorno às aulas será 8 de julho”, reiterou a Adufepe, por meio de nota. 

Durante a votação, a presidenta da Adufepe, Teresa Lopes, destacou a participação dos docentes na assembleia que definiu o fim da greve. 

“Nós tivemos muitas conquistas, todas fruto da nossa mobilização. O governo entendeu que as nossas demandas eram justas. Agora é trabalhar para readequar o calendário para que não tenhamos mais prejuízos. Precisamos sentar com a reitoria para definir como será a reposição das aulas. Nós temos um novo perfil de alunos, com a maioria vindo das cotas.  Isso tem que ser levado em conta”, destacou a dirigente sindical. 

De acordo com a Adufepe, mesmo com zero reajuste este ano, o Governo Federal anunciou que a categoria terá 9% de reajuste em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.

“Apesar de a pauta do reajuste salarial não ter sido plenamente atendida, uma série de outras demandas da categoria foram atendidas. Por exemplo, a recomposição do orçamento das universidades e a garantia de uma permanência de qualidade para os estudantes. Outra conquista da greve foi a revogação da Portaria 983/2020, que aumentava a carga horária dos profissionais de ensino de institutos federais e colégios de aplicação, prejudicando as atividades de pesquisa e extensão”, destacou a Adufepe em nota. 

Ainda segundo a entidade, “Mais ganhos contabilizados são os reajustes em benefícios como auxílio alimentação, saúde suplementar e creches e as 5.600 bolsas de permanência para estudantes quilombolas e indígenas, além do anúncio do PAC das Universidades, que vai destinar R$ 5,5 bilhões para expansão e criação de novos campi em todo o Brasil, incluindo um em Sertânia”, acrescentou a Adufepe.

Docentes da UFRPE também decidiram pelo fim da greve

No dia 19 deste mês, professores da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), do campus Recife, decidiram em assembleia encerrar a greve da categoria, a partir do dia 1º de julho. Foram 69 votos a favor do fim da paralisação, oito votos contrários e uma abstenção.
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