Educação

Greve na UFPE: professores fazem assembleia na quinta (27) para decidir rumos da paralisação

Docentes estão com atividades paralisadas desde 22 de abril

Publicado em: 20/06/2024 13:29 | Atualizado em: 21/06/2024 08:27

Professores farão assembleia-geral  (Foto: Divulgação)
Professores farão assembleia-geral (Foto: Divulgação)
O fim da greve dos professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) será decidido em assembleia-geral extraordinária na quinta-feira (27). 
 
A reunião foi convocada pela Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe). 
 
Com as atividades paralisadas desde o dia 22 de abril, os docentes vão se reunir no Auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), na sede do sindicato, no campus Recife da instituição de en
sino. 
 
Também será permitida a participação virtual, com a votação sendo realizada em terminais instalados no local da assembleia e de forma online. A primeira chamada é às 8h30, com a segunda sendo às 9h.

Professores e professoras responderão à pergunta: “Você concorda que os docentes da UFPE saiam da greve?”. Nas últimas assembleias realizadas de forma híbrida (presencial e virtual), a participação da categoria foi bastante relevante. Em 17 de abril, quando a paralisação foi decretada, 1.736 profissionais votaram. Já quando foi avaliada uma das contrapropostas do governo federal às demandas dos professores, em 24 de maio, o total de participantes chegou a 1.548.

Na avaliação da professora Teresa Lopes, presidenta da Adufepe, a greve cumpriu sua missão. 
 
“O governo cedeu em várias outras demandas da nossa categoria. Continuamos considerando reajuste zero em 2024 muito ruim, mas temos responsabilidade para com a sociedade, em especial com os alunos. No final das contas, a decisão está nas mãos dos professores”, salienta Teresa. Mesmo com zero de reajuste este ano, o governo anunciou que a categoria terá 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.

Apesar de a pauta do reajuste salarial não ter sido plenamente atendida - o governo federal se mostrou irredutível e não deu nenhum percentual de recomposição para 2024 -, uma série de outras demandas da categoria foi atendida. Por exemplo, a recomposição do orçamento das universidades e a garantia de uma permanência de qualidade para os estudantes. 

Outra conquista da greve foi a revogação da Portaria 983/2020, que aumentava a carga horária dos profissionais de ensino de institutos federais e colégios de aplicação, prejudicando as atividades de pesquisa e extensão. 

Também foram contabilizados  reajustes em benefícios como auxílio-alimentação, saúde suplementar e creches e as 5.600 bolsas de permanência para estudantes quilombolas e indígenas, além do anúncio do PAC das Universidades, que vai destinar R$ 5,5 bilhões para expansão e criação de novos campi em todo o Brasil, incluindo um em Sertânia. 

No Estado, os professores da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) decidiram encerrar a paralisação e voltam às atividades em 1º de julho.

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