Acusado de feminicídio de auxiliar de cozinha é condenado a 33 anos de prisão, diz MPPE

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) anunciou, nesta sexta-feira (26), que o homem acusado de matar a auxiliar de cozinha e estudante Maria José Cordeiro da Silva Lopes, de 33 anos, mais conhecida por Mazé, foi condenado a 33 anos de reclusão pela morte da mulher, em 2022, no Sertão do Estado. 

A condenação de Edson Jairon Oliveira de Lima foi proferida na quinta-feira (25), após júri popular que aconteceu na Vara Criminal de Pesqueira, município distante 213 quilômetros do Recife. 

Mazé foi assassinada no dia 20 de outubro de 2022, em que o caso gerou bastante repercussão naquela cidade. Mazé passou mais de 40 dias desaparecida após sair de casa para ir à escola. Antes de desaparecer, a vítima foi vista pela última vez fazendo compras em um supermercado e, em seguida, não foi vista mais. 

Segundo o MPPE, a tese de feminicídio foi acatada pelos jurados e o réu foi condenado a 33 anos. Edson e Mazé foram namorados na adolescência, em 2007, e ele foi apontado como autor do assassinato. 

“O condenado é ex-namorado de Maria José, conhecida como Mazé. Edson Jairon foi denunciado pela prática do crime previsto nos artigos 121, §2º, IV, VI, e 211, em conformidade com o artigo 69, todos do Código Penal. Segundo a tese de acusação do MPPE aceita pelo júri, Edson Jairon impossibilitou a defesa da vítima e ocultou o seu cadáver, que nunca foi encontrado. Várias testemunhas corroboram com depoimentos para a sentença de condenação”, disse o MPPE, por meio de nota.

 

Ainda segundo o órgão ministerial, “após ter se mudado para Minas Gerais, ele (Edson) retornou para a Pesqueira no ano de 2015. No dia do homicídio, após investigação policial, ficou  constatado que Mazé saiu de casa por volta das 18h, com destino ao Colégio Dom Adelmo, onde era aluna no período noturno. Em seus últimos passos, a investigação constatou que, por volta das 18h15, ela realizou compras em um supermercado e desde então não houve mais informações sobre a sua localização”, declarou o MPPE em nota. 

 

O MPPE ainda acrescentou que, à época do desaparecimento da vítima, após busca policial na residência de Edson Jairon, encontrou-se o celular de Mazé escondido em cima de um guarda-roupa. “Dentro do quarto de Edson Jairon foram achados o caderno escolar e a farda escolar da vítima”, finalizou o MPPE em nota.