Cadernos

DP+

Blogs

Serviços

Portais

Vida Urbana

Itamaracá abriga lagoa com vários jacarés; conheça

A chamada Lagoa do Jacaré fica na Enseada dos Golfinhos

Além das conhecidas praias, a Ilha de Itamaracá, no Grande Recife, abriga um ponto turístico inusitado: a chamada Lagoa do Jacaré, na Rua Santa Maria do Cambucá, na Enseada dos Golfinhos.

Morador da região, o comerciante Valto Francisco, de 51 anos, diz que o local tem chamado mais a atenção dos turistas e moradores recentemente. 

“Sempre teve muitos jacarés, mas a lagoa não era muito organizada. Como tinha muito mato, eles se escondiam. E aí o pessoal não percebia. Mas limparam, organizaram a ponte. Agora, dá para ver melhor”, afirmou. 

Antes, segundo ele, o hábito de moradores e visitantes de alimentar os animais fez com que alguns chegassem a entrar em casas ao redor da lagoa. "As pessoas botavam comida. Aí quando se aproximavam, eles vinham atrás. Então, proibiram porque eles estavam indo para a casa dos vizinhos", 
relatou.
 
[VIDEO1] 
 
Em entrevista ao Diario, Paulo Braga, biólogo e doutor em Biologia Animal, explicou que é importante não alimentar os animais e não jogar dejetos no lago para manter a qualidade da área. 


Paulo disse ianda que o jacaré-de-papo-amarelo evita contato com as pessoas. 

"E, diferente do que muitas pessoas pensam, os jacarés não são espécies agressivas. Inclusive, o jacaré-de-papo-amarelo é muito tímido, ele evita muito contato com as pessoas. Quando alguém se aproxima, ele tende a mergulhar, tende a fugir. Ele não vai vir morder ninguém, ele não vai vir atacar ninguém. Eles ficam ali na delex. E se alimentam basicamente de peixes, crustáceos, né? Animais menores, não vão pegar uma capivara, não vão pegar um ser humano, por exemplo. É sempre animais ali mais fáceis, já que eles têm uma dieta oportunista e generalista. Eles vão evitar o desgaste de pegar uma presa maior. O que estiver mais fácil ali, eles vão capturar. O melhor é manter os animais no lugar deles. As pessoas podem ir, podem olhar, podem visitar, mas que evitem interagir com os animais de qualquer forma", afirmou.

A área é de proteção do Ibama e de monitoramento da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH).

Leia a notícia no Diario de Pernambuco