História

Prédio histórico: TJPE lembra 100 anos da pedra fundamental

Então governador de Pernambuco, o juiz Sérgio Loreto anunciou construção do Palácio da Justiça em comemoração ao primeiro centenário da Confederação do Equador

Publicado em: 02/07/2024 12:53 | Atualizado em: 02/07/2024 13:18

TJPE fica no Centro do Recife  (Foto: Arquivo)
TJPE fica no Centro do Recife (Foto: Arquivo)
A sede do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), no Centro do Recife, comemorou um século de instalação de sua pedra fundamental.

Chamado de Palácio da Justiça, prédio  fica na frente da Praça da República, no bairro de Santo Antônio.

Conforme conta a historiadora e gerente do Memorial da Justiça do TJPE, Christiane Raposo, há exatos 100 anos, o governador de Pernambuco na época, o então juiz Sérgio Loreto, lançou a pedra fundamental de construção do Palácio da Justiça,  em comemoração ao primeiro centenário da Confederação do Equador. 

De acordo com a especialista, “a efeméride foi marco dessa importante cerimônia amplamente coberta pela imprensa local, vinculada às comemorações do centenário do movimento revolucionário de 1824, que teve início em Pernambuco e visava à instalação da República no Brasil, que foi reprimida pelas tropas imperiais, resultando na prisão e morte de Frei Caneca, um dos líderes do movimento”.

A construção do Palácio da Justiça, com seis pavimentos e de arquitetura neoclássica, foi finalizada no governo de Estácio de Albuquerque Coimbra, na data de 07 de setembro de 1930. Naquela altura, o prédio se encontrava devidamente mobiliado e decorado. À época, o presidente do Tribunal de Justiça era o desembargador Belarmino César Gondim.

Para a obra do novo prédio foi escolhido o projeto de autoria do arquiteto italiano Giacomo Palumbo, formado pela Escola de Belas Artes de Paris, em colaboração com Evaristo de Sá. Um dos locais mais belos da edificação é o icônico Salão Nobre, localizado no segundo pavimento do prédio. Suas paredes, piso e mobiliário contam com um rico acabamento, enriquecido por forro decorado, tocheiros, arandelas e lustres do mais fino Baccarat. O luxuoso mobiliário foi projetado pelo arquiteto M. Noziéres.

História 
 
O local onde se localiza o Palácio da Justiça, no Centro do Recife,  tem ligação com a  história do Estado. A área onde ele foi construído pertenceu ao Palácio Vriburgh ou Friburgh, que também pode ser grafado Vryburg e que significa "Alcançar a Liberdade".

Ali estava o Palácio dos Despachos de Maurício de Nassau, Palácio das Torres, na ilha de Antônio Vaz, nas imediações do Forte Ernesto. Com a expulsão dos holandeses, em 1654, foi desativado o Forte Ernesto e restabelecido o Convento de Santo Antônio, que hoje se encontra à esquerda da lateral do Palácio da Justiça, com entrada pela Rua do Imperador D. Pedro II. 

Visitação 
 
 A visitação ao Palácio da Justiça é aberta ao público e funciona como uma iniciativa que busca a humanização da Justiça, além de manter as portas do Judiciário sempre abertas à população. As visitas podem ser agendadas através do Memorial da Justiça, que desenvolve o trabalho de mediação entre os participantes.
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