O CEO da casa de apostas Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho, é um dos alvos da operação da Polícia Civil que também prendeu a advogada e influencer Deolane Bezerra na manhã desta quarta-feira (4), no Recife.
Em documento do processo, obtido pelo Diario de Pernambuco, o nome de Darwin aparece em transações que acumulam valor de cerca de R$ 1 milhão.
O processo mostra 11 depósitos em espécie feitas pelo CEO da casa de apostas com valores que variam entre R$ 50 mil e R$ 106 mil.
Ainda de acordo com dados do documento, ele atua como vendedor de comércio varejista e atacadista. Darwin declarou uma renda mensal de R$ 10 mil e patrimônio de R$ 500 mil.
Segundo a investigação, o CEO da casa de apostas é suspeito de fazer depósitos em espécie de forma fracionada que podem indicar a intenção de ocultar o real portador, origem dos recursos e/ou dissimular o valor real da movimentação.
[SAIBAMAIS]
A operação
A Operação, chamada Integration pela Polícia Civil pernambucana, cumpre, nesta quarta (4), 19 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão domiciliar contra organização suspeita de envolvimento em crimes de jogos ilegais e lavagem de dinheiro.
Um dos alvos foi a advogada e influencer Deolane Bezerra, presa no bairro de São José, área central do Recife. A mãe dela, Solange Alves, também foi presa, segundo a irmã de Deolane, Dayanne Bezerra.
As medidas incluem ainda sequestro de bens e valores e bloqueio judicial de recursos ativos de cerca de R$ 2,2 bilhões. Segundo a polícia, dentre os bens estão carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações.
O que diz a empresa
Por meio de nota, a empresa Esportes da Sorte informou que ainda não teve acesso à decisão judicial que autorizou busca e apreensão em sua sede.
Na nota, disse também que, desde março de 2023, "tem prestado todos os esclarecimentos necessários" nos autos do inquérito policial em curso, por diversas petições e documentos apresentados pelo escritório Rigueira, Amorim, Caribé e Leitão – Advocacia Criminal.
Apostas
Ainda segundo a nota redigida pela defesa da empresa, as atividades de aposta de cotas fixas da empresa cumprem "rigorosamente a Lei n.º 13.756/2018 e Lei 14.790/2023 com excelência jurídico-regulatória e acompanhamento de auditoria independente e sistema de compliance".
A defesa da empresa afirmou, ainda, que a "operação policial será impugnada perante o Juízo competente, demonstrando-se que houve interpretação precipitada e equivocada dos fatos apurados, sem qualquer análise ou consideração dos argumentos já apresentados. Tanto é assim que a autoridade policial não apreendeu qualquer objeto, documento ou equipamento na sede da empresa".
Por fim, a Esportes da Sorte disse que, como sempre esteve, "permanece à disposição das autoridades".
Leia a notícia no Diario de Pernambuco