PRISÃO DE DEOLANE
Colônia Penal Feminina: conheça o presídio onde Deolane Bezerra está
Unidade prisional tem denúncias de superlotação e animais e insetos nas celas
Publicado em: 04/09/2024 16:29 | Atualizado em: 04/09/2024 17:12
Deolane Bezerra na Colônia Penal Feminina do Recife (Reprodução/Redes sociais) |
Presa num hotel em São José, na área central do Recife, na manhã desta quarta-feira (04), a advogada e influenciadora Deolane Bezerra passou por exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML), em Santo Amaro, área central da cidade, nesta tarde, e foi levada para a Colônia Penal Feminina do Recife (CPFR).
Deolane foi alvo da Operação Integration, da Polícia Civil pernambucana, que mira jogos ilegais e lavagem de dinheiro. No total, foram expedidos 19 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão em seis estados.
Em carta publicada em seu Instagram, Deolane alega que está sofrendo uma “grande injustiça” e vai provar sua inocência.
COLÔNIA PENAL FEMININA DO RECIFE
Blenda Souto Maior/Arquivo DP |
A Colônia Penal Feminina do Recife, na Iputinga, Zona Oeste do Recife, é voltada a presas provisórias, que vão após apresentação nas delegacias.
Um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), divulgado em 2022, sobre os estabelecimentos prisionais do estado revelou que a CPFR tinha, à época, 542 detentas, que eram divididas em 3 pavilhões e 45 celas. Originalmente, o presídio oferece 285 vagas, com a taxa de ocupação sendo de 190%.
De acordo com o documento, a colônia foi inaugurada em 1945, sendo a segunda mais antiga do sistema prisional pernambucano.
Devido a superlotação, muitas das detentas precisavam dormir no chão ou compartilhando a cama com uma colega. Também foram denunciadas presenças de animais no local. "As pessoas presas se queixaram da presença de insetos e animais nas instalações da unidade, inclusive dentro das celas e, sobretudo, nos locais de castigo. Na inspeção, foi possível observar muitos pombos no pátio central. Além disso, as pessoas relataram haver ratos - inclusive com adoecimento de pessoas por leptospirose - baratas, muriçocas (mosquitos) e outros animais que indicam insalubridade e que agravam as condições de permanência no local", diz o relatório.
Em 2018, uma pesquisa do CNJ considerou a colônia como uma das quatro unidades prisionais femininas tidas como modelo.
O levantamento levou em conta as boas práticas e atendimento à mulher, além de ser referência nacional no tratamento a mães presas.
Além do Bom Pastor, três estabelecimentos penais femininos, do total de 24 visitados no país, se destacam: Unidade Materno Infantil (RJ), Penitenciária Feminina de Cariacica (ES) e Presídio Feminino Santa Luzia (AL).