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Desembargador que negou novo HC de Deolane: 'Não teve a mesma prioridade com a filha'
Em nova decisão, desembargador do TJPE negou soltar Deolane Bezerra e concordou com ida dela para cadeia no interior de Pernambuco
Em decisão que negou novo habeas corpus de Deolane Bezerra, de 36 anos, nesta quarta-feira (11), o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), entendeu que a influenciadora descumpriu ordem judicial e concordou que a melhor medida seria mantê-la na Colônia Penal Feminina de Buíque, no Agreste, a cerca de 280 quilômetros de distância do Recife.
Há dois dias, o mesmo desembargador havia concedido prisão domiciliar a Deolane, por ser mãe de uma menina de 8 anos. Para isso, ela deveria cumprir uma série de medidas cautelares, como não falar com a imprensa e deixar de usar as redes sociais. Logo após sair da cadeia, no entanto, a influenciadora declarou que sua prisão seria “ilegal” e fez um post no Instagram.
“De fato, a paciente (Deolane) se manifestou publicamente, pelos órgãos de imprensa, sobre o processo que responde, dizendo ser vítima de um abuso de autoridade do senhor delegado de Polícia, imputando aos agentes públicos que investigam os fatos uma conduta criminosa”, afirmou o magistrado. “Além disso, a paciente cuidou de postar no Instagram uma imagem de uma mulher amordaçada, transmitindo a ideia de que está sendo censurada ilegalmente.”
Para Guilliod Maranhão, os atos da investigada representaram “uma manifestação direta acerca do procedimento em curso”, “uma manifestação subliminar questionando a legalidade das medidas cautelares impostas” e “uma tentativa de mobilizar a população contra a investigação criminal”.
“Se a paciente foi autorizada a deixar o cárcere, foi exclusivamente pensando no bem da sua filha, de tenra idade”, registrou o desembargador. “Lastimo que a paciente não tenha tido para com a sua filha a mesma prioridade, atenção e cuidado que a Justiça brasileira teve, mas diante da gravidade dos fatos, tenho que agiu acertadamente a meritíssima juíza quando decretou a prisão preventiva”.
Cadeia no interior
Na decisão, Guilliod Maranhão concordou, ainda, com a medida, determinada pela juíza de primeiro grau, para que Deolane fique presa preventivamente no interior do Estado.
“Vejo, especialmente, como gravíssima a tentativa de mobilizar milhões de pessoas contra uma investigação policial em curso, que procura apurar condutas que podem estar na base de crimes de gigantesca monta contra o Estado e a sociedade”, avaliou.
Para o desembargador, a notícia de que familiares estariam “financiando” manifestantes que se aglomeraram na Colônia Penal Feminina do Recife, onde Deolane ficou cinco dias, “demonstra a total inconveniência da permanência da paciente em suas instalações, justificando o seu encarceramento em Buíque”.
No Agreste, a influenciadora vai ficar na mesma cadeia que as chamadas “Canibais de Garanhuns”. A unidade também enfrenta problemas de superlotação.
Lavagem de dinheiro
Alvo da Operação Integration, deflagrada na quarta-feira passada (4/9), Deolane é investigada em suposto esquema de lavagem de dinheiro por meio de jogos de azar e de empresa de apostas.
Conforme mostrou o Diario de Pernambuco, a influenciadora é suspeita de movimentar pelo menos R$ 15 milhões, em transações de origem desconhecida que também envolveria contas de filhos. A mãe dela também foi presa na ação.
Deolane alega inocência e alega que os valores citados na investigação são referentes a contratos de publicidade.
Leia a notícia no Diario de Pernambuco