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Josué de Castro é homenageado com oficina em escola de agroecologia no Recife

A iniciativa acontece no Sítio Natan Valle, Escola de Agroecologia, no Cordeiro, na Zona Oeste

Escola de Agroecologia fica no Recife

Conheça a escola 
 
A primeira escola pública de agroecologia do Recife oferece, todas as quintas-feiras, das 8h às 12h, oficinas baseadas no ciclo "comer, compostar, adubar, plantar, cuidar, colher, comer". As atividades atendem populações vulneráveis, muitas delas sem alfabetização formal, promovendo um aprendizado prático e acessível, com conceitos e técnicas diretamente aplicáveis à realidade dessas pessoas.

O curso, com duração de quatro meses, é dividido em oito módulos e aborda temas como agroecologia, soberania alimentar, plantio, ervas medicinais, plantas alimentícias não convencionais (PANCS) e gestão de resíduos sólidos. Nas aulas práticas, os participantes aprendem desde técnicas de plantio em canteiros e bandejas até o manejo do solo, tecnologias alternativas, compostagem, uso de materiais recicláveis e produção de repelentes naturais. O espaço também conta com um projeto de aquaponia, que está em fase de cultivo e utiliza a água dos peixes para irrigar as plantas.
 
"A agroecologia é uma ferramenta essencial na luta contra a fome e na construção de uma sociedade mais justa e sustentável. O Sítio Natan Valle - Escola de Agroecologia se inspira na luta e nas ideias desses dois ativistas para mostrar como elas podem ser aplicadas em um contexto urbano, promovendo a sustentabilidade e a segurança alimentar", afirma a secretária executiva de Agricultura Urbana do Recife, Adriana Figueira.

Quem foi Josué de Castro 

O recifense Josué de Castro, reconhecido por seu trabalho pioneiro no combate à fome e suas pesquisas sobre as causas da desnutrição, deixou um legado que continua a influenciar a forma como a agroecologia é aplicada nas cidades.
 
O nome da escola é uma homenagem ao ativista Natanael Valle, conhecido como Natan, defensor das populações urbanas e rurais em situação de vulnerabilidade alimentar e hídrica. Natan também foi fundador e educador do Centro de Estudos e Pesquisas Josué de Castro. 

Acolhimento
 
 O Recife conta com mais uma casa de acolhida para pessoas em situação de vulnerabilidade social que precisam de um lar. Na sexta-feira (30), a Casa de Acolhida Josué de Castro foi inaugurada no bairro Torre. 
 
É a morada de 25 homens com idades entre 18 e 59 anos, pessoas que antes estavam vivendo num abrigo temporário, algumas delas, com deficiências. A Josué de Castro ocupa uma área de 281,57 m² num terreno de 519,90 m². A obra de requalificação imóvel custou R$ 259.805,31 e para a aquisição de mobiliário e equipamentos foram investidos R$ 150.197,46, totalizando R$ 410.002,77.

Escola 
A Escola  Agroecologia do Recife é um marco de inovação socioambiental. Integrando sustentabilidade e inclusão social, o projeto abrange desde a implantação de tecnologias alternativas e a produção de alimentos em harmonia com o meio ambiente até o atendimento de populações em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

Em um espaço de 7 mil metros quadrados no bairro do Cordeiro, o sítio abriga uma diversidade de espécies e realiza compostagem com resíduos orgânicos provenientes de dois restaurantes próximos e de podas realizadas pela Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb).
 
Com 48 canteiros produtivos, a escola produz 300 mudas semanais, das quais parte é destinada a atividades diversas e unidades produtivas promovidas pela Secretaria Executiva de Agricultura Urbana (SEAU).

A iniciativa propõe uma nova forma de interação entre a cidade e a natureza em sintonia com práticas adotadas em outras cidades brasileiras que apontam novas possibilidades de organização da sociedade.

Agricultura urbana
 
A Secretaria Executiva de Agricultura Urbana (SEAU) tem como objetivo fomentar as práticas sustentáveis de agricultura no território do município, intensificando a produção agroecológica de alimentos e ervas medicinais, a partir de hortas e pomares em áreas públicas e privadas com potencial agricultável na cidade, contribuindo para a segurança alimentar, a sustentabilidade ambiental, o fortalecimento das relações sociais e a economia solidária.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco