A Operação Soplón, que investiga negócios milionários com fios de cobre roubados, prendeu oito suspeitos de envolvimento na quadrilha.
O balanço foi apresentado, nesta quinta (19), pela Polícia Civil pernambucana, logo após o cumprimento dos mandados.
Segundo a corporação, tudo começou com a investigação de um assalto a um condomínio em construção na praia de Muro Alto, em Ipojuca, no Grande Recife.
Nessa ação criminosa, cerca de R$ 70 mil em fios de cobre foram roubados. O crime aconteceu em abril deste ano, quando 10 homens armados invadiram o local, e levaram o material.
Ao longo das investigações e antes da deflagração da Operação Soplón, a polícia chegou a prender cinco suspeitos, sendo dois em flagrante.
Esses dois presos em flagrante foram libertados. Então, polícia pediu novos mandados para poder capturá-los.
Com esses mandados em mãos, os policiais cumpriram 08 dos 10 mandados de prisão e todos 09 de busca e apreensão domiciliar.
Portanto, dois envolvidos estão foragidos. Um deles é um ex-cabo do Exército, que foi exonerado das Forças Armadas.
Os presos foram indiciados por envolvimento direto no roubo. Eles também estão ligados a outros crimes e a um receptador que foi encontrado em Jaboatão dos Guararapes, onde a carga de fios de cobre tinha sido levada.
Eles respondem por vários crimes, incluindo lavagem de dinheiro, receptação, roubo e organização criminosa.
Investigadores revelaram que o grupo já era monitorado por outras ações delituosas, e que uma mulher que trabalhava como pedreira numa outra obra fotografava os materiais e enviava as imagens para outros membros da quadrilha.
O delegado Ney Luiz, titular da delegacia de Ipojuca, falou com a equipe de reportagem e deu detalhes da investigação e das prisões realizadas no dia de hoje.
“Eles foram presos em Ipojuca, no Cabo, Jaboatão e Olinda. Essas buscas e apreensões foram realizadas em casas e estabelecimentos comerciais. Foram apreendidos cerca de R$ 21 mil, celulares e cadernos com anotações. Aprendemos com o receptador que é o dono do ferro velho e que a gente acredita que é o líder da organização, cerca de 20 mil reais em espécie, celulares e cadernos com anotações e transações realizadas por ele”, detalhou o Delegado Ney Luiz.
A operação envolveu 70 policiais civis, incluindo delegados, agentes e escrivães, que cumpriram os mandados de prisão e nove de busca e apreensão domiciliar.
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