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Pernambuco é o sétimo estado que mais desperdiça água no país, aponta Trata Brasil

Quantidade de água desperdiçada por dia no estado equivale a 410 piscinas olímpicas


Um levantamento realizado pelo Instituto Trata Brasil colocou Pernambuco entre os estados líderes em desperdício de água no Brasil.
 
Com a quantidade desperdiçada por dia equivalendo a 410 piscinas olímpicas, Pernambuco ocupa a sétima posição do rankins, ficando atrásdo Maranhão, Bahia, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. 

Ao todo, no Brasil, segundo a pesquisa, se gasta diariamente o equivalente a mais de 7.600 piscinas olímpicas. Essa quantidade de água poderia atender potencialmente mais de 21 milhões de pessoas, conforme destaca o instituto.

Desperdício
 
De acordo com o Trata Brasil, cerca de 37,8% da água se perde nos sistemas de distribuição. As perdas podem acontecer por vários motivos, como vazamentos, erros de medição e consumos não autorizados. Esses desperdícios acometem o meio ambiente, a receita e os custos de produção das empresas, encarecendo o sistema como um todo e prejudicando os usuários.
 
No Brasil, a definição de nível aceitável de perdas de água é de 25% em perdas na distribuição, conforme definido pela portaria 490/2021, do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).

Mesmo com altos números de desperdício, mais de 32 milhões de habitantes brasileiros ainda não têm acesso à água potável. Somando todos os contextos recentes de mudanças climáticas, com secas e estiagens, o acesso ao recurso hídrico é ainda mais afetado com a precariedade do saneamento básico no país.

Segundo o estudo Perdas de Água 2024 (SNIS 2022), ao reduzir as perdas atuais de 37,78% para os 25% estabelecidos, seria possível economizar cerca de 1,3 bilhão de m³ de água. Esse volume é equivalente ao consumo médio de mais de 21 milhões de brasileiros em um ano, representando mais da metade da população sem acesso à água potável em 2022, além de superar toda a população do Chile, que é de 19 milhões de pessoas.

O Trata Brasil ainda aponta que estados como Bahia e São Paulo poderiam atender mais de DOIS milhões de habitantes com a redução de perdas até a meta de 25%. Outros estados, como Amazonas, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco e Rio Grande do Sul, também teriam um potencial significativo, podendo atender mais de um milhão de habitantes cada.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco