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Polícia conclui inquérito da operação que prendeu Deolane e bloqueou bilhões

Documentos foram enviados ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE)

Deolane está presa em Buíque, no Agreste de Pernambuco

 
O inquérito da Operação Integration, que prendeu a influencer e advogada Deolane Bezerra, de 36 anos, a mãe dela, Solange Bezerra, 56, e outras 10 pessoas, foi concluído pela Polícia Civil pernambucana.

Nesta quarta (18), a corporação informou que enviou o documento ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), mas não divulgou quantas pessoas foram indiciadas nem os nomes delas. 
 
Em nota, o MPPE disse que o "inquérito está sendo analisado pela 25ª Promotoria de Justiça Criminal da Capital, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco)."

Agora, o MPPE poderá acatar todo o conteúdo do inquérito, com os indiciamentos apontados pela polícia, para enviar ao Judiciário. Também é possível que o Ministério Público solicite novas apurações.
 
[SAIBAMAIS] 
 
A Operação Integration 
 
A operação para investigar suposto esquema de lavagem por meio de jogos de azar e apostas esportivas bloqueou cerca de R$ 2,27 bilhões de 53 alvos, incluindo empresas e pessoas físicas. 
 
A ação aconteceu em seis estados, no dia 4 de setembro. Foram apreendidos jatinhos, helicópteros, carros de luxo, além de relógios e bolsas de grife. 
 
O pivô do suposto esquema seria a empresa Esportes da Sorte, com sede no Recife, ligada ao empresário Darwin Henrique da Silva Filho. Ele se entregou à polícia. 

Na decisão que determinou as prisões preventivas, a juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal da Capital do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) disse que a investigação indicou "a existência de uma rede organizada de ocultação de recursos, que parece ter origem em atividades ilícitas. As transações analisadas revelam um padrão sofisticado de lavagem de dinheiro, que compromete gravemente a transparência e a rastreabilidade dos recursos envolvidos." 

 

"A análise detalhada dos fluxos financeiros aponta para a presença de uma organização criminosa, denominada ORCRIM, que está envolvida em diversas atividades ilegais. Entre essas atividades, destacam-se a lavagem de dinheiro, operações de jogo de azar, e a exploração tanto de jogos físicos quanto de jogos online. Essa rede criminosa utiliza métodos complexos e camuflados para disfarçar a origem ilícita dos fundos, mantendo um esquema que desafia os mecanismos convencionais de controle e fiscalização", completou. 
 
Habeas corpus negado

Nesta quarta-feira (18), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um novo pedido de habeas corpus para Deolane. O desembargador convocado Otávio de Almeida Toledo “observou que ainda está pendente na Corte de origem, Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), julgamento definitivo sobre o afastamento da medida cautelar imposta e, posteriormente, descumprida. Assim, o STJ não pode, neste momento processual, analisar a questão”, informou o tribunal, em nota.

Presa no dia 4 de setembro, Deolane foi liberada da Colônia Penal Feminina do Recife após cinco dias para cumprir prisão domiciliar, já que é mãe de uma menina de 8 anos. No entanto, menos de 24 horas depois, a influenciadora teve prisão preventiva decretada novamente porque descumpriu as medidas cautelares ao falar com a imprensa sobre o caso e se manifestar nas redes sociais. Ela está na Colônia Penal Feminina de Buíque, a cerca de 280 quilômetros do Recife.

 

Leia a notícia no Diario de Pernambuco