Após ser presa no Recife em setembro deste ano na Operação Integration desencadeada pela Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), a defesa da influenciadora digital Deolane Bezerra Santos recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que ela não seja convocada a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado.
O depoimento da influenciadora está previsto para acontecer no dia 30 de outubro, segundo o presidente da CPI, senador Jorge Kajuru (PSB-GO).
Na última terça-feira (15), a defesa entrou com um habeas corpus no Supremo solicitando a exclusão da influenciadora no depoimento.
Os advogados também já providenciaram que seja garantido o direito de Deolane ficar em silêncio, caso o pedido seja negado. O ministro André Mendonça é o relator do caso.
Em setembro deste ano, Deolane foi presa durante as investigações da Operação Integration, da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE).
A influenciadora é acusada de crimes de lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais e também de criar um site de apostas para lavar dinheiro de jogos ilegais.
A operação foi desencadeada contra um grupo suspeito de movimentar cerca de R$ 3 bilhões num esquema de lavagem de dinheiro de jogos de azar.
Ela foi solta 20 dias após ser beneficiada por habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e responde às acusações em liberdade.
A CPI também planeja chamar para depor o cantor Gusttavo Lima e o jogador de Futebol Lucas Paquetá.
O cantor sertanejo foi citado nas investigações como sócio de um site de apostas alvo do processo no qual Deolane é investigada.
Paquetá é investigado pela Associação de Futebol da Inglaterra (FA na sigla em inglês) de tentar manipular resultados de apostas.
Ele é jogador do West Ham, time de Londres. Todos os envolvidos negam as acusações.