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Iniciativa para promove qualificação profissional a beneficiários de cozinhas comunitárias

Srão contemplados 150 usuários de cozinhas em cinco municípios do Estado

O convênio de cooperação técnica foi assinado em evento no Palácio do Campo das Princesas

Beneficiários de cozinhas comunitárias de Pernambuco vão receber aulas de qualificação profissional. A iniciativa foi lançada nesta terça-feira (1º) pelo Governo do Estado e a Solar Coca-Cola. O projeto deve impactar, inicialmente, 150 usuários de cozinhas em cinco municípios.

O convênio de cooperação técnica foi assinado em evento no Palácio do Campo das Princesas.

“Pernambuco tem um programa consistente de combate à fome que se chama Bom Prato. Com ele, já inauguramos 164 cozinhas comunitárias em diversos municípios do Estado, para que possamos saciar a fome de quem necessita. Cada uma dessas cozinhas distribui 200 refeições por dia, e hoje nós assinamos uma parceria com a Solar Coca-Cola para que as pessoas atendidas por esses espaços possam trabalhar qualificação profissional empreendedora. O plano inicial é para 150 beneficiários, mas queremos expandir para as nossas cozinhas comunitárias como um todo”, destacou a governadora Raquel Lyra.

O intuito da parceria, que faz parte do Programa Bom Prato, é enfrentar as vulnerabilidades sociais e promover o desenvolvimento econômico e o empreendedorismo para a população. Serão contempladas 30 pessoas de cada um dos cinco municípios envolvidos inicialmente: Vicência, Bezerros, Cabo de Santo Agostinho, Palmares e Belo Jardim. 

“Nós temos um compromisso muito grande com o desenvolvimento econômico de Pernambuco. E entendemos que não é apenas o investimento em produção que contribui para isso, mas que o impacto social é fundamental. Com essa parceria com o Bom Prato, estamos contribuindo para a qualificação das pessoas, para ajudar aqueles que só têm a alternativa de refeição nas cozinhas comunitárias”, ressaltou o head de Relações Externas da Solar Coca-Cola, Arthur Ferraz.

Umas das beneficiárias que serão contempladas pela iniciativa é Doralice da Silva, de 52 anos, moradora do município de Bezerros. Desempregada, Doralice é uma das usuárias da cozinha comunitária da cidade, e, agora, receberá qualificação profissional. 

“Eu quero arrumar um emprego para poder ceder a minha vaga na cozinha para outra pessoa que esteja necessitada. Hoje eu preciso da refeição, mas no futuro desejo estar empregada”, contou Doralice. 

A formação vai unir as áreas de alimentos e negócios, nas quais os beneficiários aprenderão, entre alguns conteúdos, sobre boas práticas e manipulação adequada de alimentos, cidadania e empreendedorismo, ficha técnica e precificação, conceitos fundamentais sobre mídias sociais e marketing digital, além da produção de doces e salgados.

“Quando uma cozinha é instalada em um município, o Centro de Referência de Assistência Social [CRAS] daquele local aponta as 200 pessoas que vão receber os alimentos diários. Com esse novo projeto, o próprio CRAS e a Secretaria de Assistência escolhem, dentro desses 200 beneficiários, os 30 primeiros que participarão desse trabalho de qualificação profissional. As aulas vão funcionar dentro das cozinhas, tanto práticas quanto teóricas”, explicou o secretário de Assistência Social, Combate à Fome e Políticas Sobre Drogas, Carlos Braga.

As aulas, que ocorrerão entre outubro e dezembro, são compostas por cinco módulos, totalizando 26 horas de carga horária. As atividades incluem aulas expositivas, discursivas e práticas. A expectativa é que, em 2025, o projeto seja ampliado, contemplando mais beneficiários e novos municípios. 

Combate à fome 

O Programa Bom Prato é realizado em parceria entre o Governo do Estado e os municípios. Para a abertura de cada cozinha, a gestão estadual cofinancia um enxoval no valor de R$ 50 mil, destinado à compra de equipamentos e insumos iniciais. Além disso, o governo repassa R$ 20 mil mensais para a manutenção das cozinhas, garantindo que cada unidade funcione adequadamente. 

Atualmente, Pernambuco conta com 164 cozinhas comunitárias. Essas cozinhas estão distribuídas em diversas regiões do Estado.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco