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Juíza autoriza polícia a usar aeronaves apreendidas em investigação que mira Deolane e Gusttavo Lima

Segundo decisão, Polícia Civil vai poder usar dois helicópteros e dois jatinhos ligados a empresas investigadas no suposto esquema bilionário de lavagem de dinheiro

Aeronaves estão ligadas a empresas investigadas em suposto esquema de lavagem de dinheiro

A juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal da Capital, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), autorizou a polícia a usar dois helicópteros e dois jatinhos ligados a investigados na Operação Integration, responsável por apurar uma suposta organização criminosa que lava dinheiro do jogo do bicho e de apostas esportivas. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (3).

Deflagrada no início de setembro, a ação contra o suposto esquema bilionário resultou no bloqueio de bens e no indiciamento de 23 pessoas – entre elas, o cantor Gusttavo Lima, de 35 anos, e a influenciadora Deolane Bezerra, de 36. Todos os investigados alegam inocência. Eles chegaram a ter a prisão preventiva decretada, mas conseguiram habeas corpus para responder à investigação em liberdade.

No inquérito, relatado recentemente, a Polícia Civil pediu autorização antecipada para usar quatro aeronaves pertencentes a empresas investigadas: dois helicópteros, ambos modelo EC130 TC, e dois jatinhos, um Falcon 2000EX e outro Cessna Aircraft 560 XLS. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) foi favorável à medida.

A legislação brasileira permite que bens ligados a organizações criminosas sejam usados por órgãos da administração pública, contanto que haja autorização judicial. Na representação, a Polícia Civil solicitou o uso das aeronaves para o Grupamento Tático Aéreo da Secretaria de Defesa Social (SDS).
 
[SAIBAMAIS] 

Aeronaves

No mês passado, antes de o inquérito ser relatado, a juíza havia negado autorização de uso de aeronaves e carros apreendidos na operação. Para a magistrada, àquela altura, ainda não estaria demonstrado que a medida seria “efetivamente benéfica para o trabalho da Polícia Civil”.

Já na nova decisão, obtida pelo Diario de Pernambuco, Andrea Calado da Cruz considerou que “o uso do bem será uma forma de proteger a sociedade por meio do combate à criminalidade”.

“Entendo que neste momento, após o Relatório do Inquérito Policial com o indiciamento dos respectivos atores, o binômio: a) haver interesse público; b) que o bem seja utilizado para o desempenho das atividades funcionais dos órgãos legitimados, restam preenchidos”, escreveu.

Segundo a investigação, os dois helicópteros e o jatinho Falcon 2000EX são ligados à Esportes da Sorte, do empresário Darwin Henrique da Silva Filho, que é acusada de ser o centro do esquema.

Já o Cessna Aircraft 560 XLS estaria envolvido em uma negociação suspeita entre a Balada Eventos, da qual Gusttavo Lima é sócio-administrador, e a J.M.J. Participações, empresa ligada ao grupo Vai de Bet, do casal casal José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Truta Henriques Rocha.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco