Diario de Pernambuco

Perto dos 200 anos, acervo do Diario pode virar Patrimônio Cultural Imaterial do Estado

É o que pede o Projeto de Resolução Nº 002365/2024, de autoria do deputado Waldemar Borges (PSB).

Publicado em: 19/11/2024 12:06 | Atualizado em: 19/11/2024 14:57

 (Foto: Sandy James/DP Foto)
Foto: Sandy James/DP Foto

 
Faltando menos de um ano para completar 200 anos de fundação, o acervo jornalístico do Diario de Pernambuco pode virar Patrimônio Cultural Imaterial do Estado de Pernambuco.
 
É o que pede o Projeto de Resolução Nº 002365/2024, de autoria do deputado Waldemar Borges (PSB). 

“Esse acervo tem um valor inestimável, tem que ser tombado com um patrimônio imaterial de Pernambuco. Se quiser saber a história de nosso Estado e do Brasil nesses últimos 200 anos, vá no Diario de Pernambuco que estará lá”, disse o deputado. 

O Projeto foi encaminhado para apreciação da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e aguarda votação. No entanto, o autor encara a aceitação da Casa com bons olhos. 

“Foi aprovado na Comissão de Justiça por unanimidade, com elogios de todos. Eu acho que a votação será rápida, antes dos 200 anos”, contou. 

Após a aprovação da Casa, o projeto ainda passará pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) que irá analisar se aprova ou não o pedido. “Eu quero crer que ela terá sensibilidade para a importância desse acervo”.  

Como o jornal mais antigo em circulação no Hemisfério Sul, o Diario de Pernambuco completará 200 anos em 7 de novembro de 2025. Em seu texto, Waldemar Borges argumenta que ao longo de todos esses anos de Diario, o jornal “se consolida como um verdadeiro acervo que promove a preservação não só da memória nacional, mas também da memória pernambucana”. 

Em sua história, o jornal testemunhou e publicou importantes eventos, que são fundamentais para a historiografia e a construção social do Brasil. 
 
“O Diario também enfrentou os reveses da ditadura militar, sofrendo repressões e censuras, com jornais queimados, rasgados, e sua sede depredada, além de edições empasteladas. Devido à perseguição, o jornal deixou de circular em alguns dias nos anos de 1911, 1912, 1931 e 1945”, detalha o socialista.

Waldemar Borges afirma, ainda, que a existência do Diario de Pernambuco reafirma a relevância histórica e documental que o jornal representa. “O periódico integra o nobre rol dos acervos que contam a história deste país e seus acontecimentos”, conclui.