Advogado que tentou matar ex-esposa com facadas em Candeias é denunciado por estupro

De acordo com o Inquérito Policial, Eduardo Thomaz convivia com a ex-companheira Jaqueline da Silva Chagas desde 2014 e que os dois tinham uma relação conturbada, marcada por agressões físicas e psicológicas. 

A vítima relatou que os estupros aconteciam quando ela estava no banho. Jaqueline era abordada com agressividade pelo advogado e obrigada a ter relações sexuais com ele, sob ameaça. Ainda segundo Jaqueline, ela era agredida quando reclamava da atitude do então companheiro.

Com medo, a vítima contou que passou a dormir no quarto dos filhos para evitar que as agressões continuassem. Em uma das ocasiões, em abril de 2023, Eduardo Thomaz teria criticado o fato de Jaqueline não se depilar e a estuprou, afirmando que ela “ia sangrar

Jaqueline ainda contou que recebneu ordens de morder o travesseiro durante o estupro, para que não fizesse barulho. A última violência sexual teria acontecido em 17 de maio de 2023.

“Diante dos elementos de prova carreados aos autos, que apontam a materialidade e a presença de indícios de autoria da(s) conduta(s) acima narrada(s), está o denunciado incurso nas penas do artigo 213 c/c artigo 71 do Código Penal, com as repercussões da Lei n.11.340/2006, requerendo desde já o recebimento da presente peça vestibular acusatória, em todos os seus termos, iniciando-se a ação penal cabível, conforme Lei Processual Penal”, diz o texto do Ministério Público.

A vítima deixou o apartamento onde morava com o advogado em 19 de maio de 2023 após sofrer diversos tipos de violência. Por conta dos abusos, ela chegou a engravidar, mas realizou um aborto legal.

No dia 17 de março deste ano, Eduardo Thomaz foi preso em flagrante por tentar matar a ex-esposa a golpes de faca e mordê-la. Ele arrombou a porta do apartamento e entrou em luta corporal com Jaqueline e vizinhos dela.

O caso foi registrado pela Delegacia Especializada da Mulher (DPMul) de Prazeres, também em Jaboatão dos Guararapes. Na época, a Ordem dos Advogados do Brasil - Secção Pernambuco (OAB-PE) informou que iria apurar a conduta do advogado criminalista.