Fusce pretium tempor justo, vitae consequat dolor maximus eget.
Da Batalha dos Guararapes ao polo industrial: fotos de ontem e hoje mostram evolução urbana de Jaboatão
O crescimento da cidade tem sido acompanhado por uma explosão demográfica: com quase 700 mil habitantes, é hoje um município diverso e em constante movimento
Nas últimas décadas, Jaboatão dos Guararapes, a segunda maior cidade de Pernambuco, vem passando por uma notável evolução urbana e econômica.
Com uma localização estratégica e um crescimento acelerado, a cidade se destacou no cenário estadual como um importante centro industrial e comercial.
No entanto, como muitas outras cidades brasileiras, Jaboatão também enfrenta desafios em sua infraestrutura, refletidos na urbanização desordenada, na preservação do patrimônio histórico e nas necessidades básicas da população.
O crescimento de Jaboatão tem sido acompanhado por uma explosão demográfica: com quase 700 mil habitantes, é hoje um município diverso e em constante movimento.
A Ponte entre Recife e Suape
Com sua localização privilegiada entre o Recife e o Porto de Suape, Jaboatão desempenha um papel estratégico para a economia pernambucana.
O município se destaca por seu diversificado setor comercial, que representa mais de 50% do seu Produto Interno Bruto (PIB). Grandes bairros comerciais, como Cavaleiro, Jaboatão Centro e Prazeres, movimentam o comércio local, enquanto Piedade abriga o Shopping Guararapes, um dos mais visitados de Pernambuco.
A presença do distrito industrial fortalece ainda mais a economia local. Nele estão instaladas grandes empresas, como Coca-Cola, Unilever, Arno, Basf e Vitarella, além de importantes centros logísticos, como o da Rede Walmart e da Nestlé.
O peso da cultura e a falta de preservação
Apesar de seu vasto patrimônio histórico, muitos moradores sentem que Jaboatão carece de uma maior valorização cultural. O que se vê, segundo o historiador Flávio Torres, é um município onde o patrimônio material e imaterial, embora reconhecido, não recebe a devida atenção em termos de preservação e promoção turística. Monumentos históricos estão em risco de degradação e o envolvimento da população com a história local é limitado.
Isabella Moura, analista de marketing e moradora da cidade, compartilhou essa visão: "Sentimos falta por ser um lugar amplo, de algo cultural que movimente os moradores da região, fica um lugar mal aproveitado. Não acho que a cidade tenha peso cultural, não há preservação." Sua fala reflete o sentimento de muitos que, embora reconheçam a importância histórica de Jaboatão, percebem um vazio na dinâmica cultural e na falta de incentivo a projetos que valorizem essa rica herança.
Outro ponto que merece destaque é a orla de Jaboatão, que se estende por oito quilômetros de praias, desde Piedade até a praia do Paiva. Nos últimos anos, o aumento de prédios e a verticalização da área trouxeram um novo perfil ao litoral jaboatonense. Com isso, surgiram preocupações em torno da infraestrutura, como o saneamento básico e a utilização correta desses espaços.
Moradores de Jaboatão relataram que, embora tenha havido melhorias significativas nas condições urbanas da orla, como o aumento da iluminação pública e a pavimentação das ruas, o município ainda precisa investir mais em saneamento e em ações que garantam a segurança de banhistas e frequentadores dos calçadões.
A engenheira Elsa Corrêa ressaltou a importância da requalificação da orla para o uso coletivo e democrático das praias. “A ampliação do calçadão, que integra Boa Viagem a Piedade e Candeias, facilitou o acesso à orla para toda a população. No entanto, ainda são necessárias ações de manutenção dos equipamentos e a recuperação de trechos danificados, além de medidas para conter o avanço do mar em áreas críticas, como Barra de Jangada e a curva do S”, pontuou Elsa.
Um olhar para o futuro
Jaboatão dos Guararapes continua sua jornada de crescimento, enfrentando desafios típicos de grandes centros urbanos em expansão.
“Enquanto novos empreendimentos surgem e o setor industrial se fortalece, a cidade precisa equilibrar o seu desenvolvimento com a preservação dos patrimônios e a melhoria da qualidade de vida de seus habitantes”, concluiu Isabella Moura, moradora do bairro de Prazeres.