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Dia da Consciência Negra: veja horários de lojas e shoppings no dia 20 de novembro

A data foi escolhida por ser o dia da morte de Zumbi, líder do quilombo do Palmares que atuou na luta pela resistência e liberdade do povo negro

Lojas do Centro têm horário especial

A data foi escolhida por ser o dia da morte de Zumbi, líder do quilombo do Palmares que atuou na luta pela resistência e liberdade do povo negro. Com o feriado, o Diario reuniu como ficará a programação do esquema do abre e fecha do comércio na Região Metropolitana.
 
Segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Recife), lojas de rua do Centro abrirão de maneira facultativa no feriado nacional. 

Os shoppings da Região Metropolitana do Recife operarão em horário especial.

Desde julho deste ano, a CDL Recife anunciou a abertura do comércio nos feriados deste ano.
 
A decisão foi acordada com o sindicato dos trabalhadores da categoria. A iniciativa de abrir nos feriados partiu dos próprios lojistas, que se reuniram e decidiram movimentar o segmento.
 
O comércio também planeja abrir no Dia de Nossa Senhora da Conceição, no dia 8 de dezembro.
 
Veja funcionamento de shoppings

Recife

Shopping Recife - das 12h às 21h

RioMar Recife - das 12h às 21h

Shopping Boa Vista - das 10h às 19h

Shopping Tacaruna - das 12h às 21h

Plaza Shopping - das 12h às 21h

Shopping ETC - das 12h às 18h

Olinda

Shopping Patteo Olinda - das 12h às 21h

Paulista

Paulista North Way Shopping - das 9h às 22h

Camaragibe

Camará Shopping - das 12h às 21h 

Jaboatão

Shopping Guararapes - das 9h às 22h

Cabo de Santo Agostinho

Shopping Costa Dourada - das 9h às 22h;

Moreno

Recife Outlet - das 9h às 21h

Por que dia 20 é feriado e quem foi Zumbi dos Palmares?

Registros mostram que o quilombo dos Palmares, uma povoação fortificada de escravos negros fugidos da escravidão, surgiu em 1597, dando nome ao conjunto de mocambos que o formava.

Entre os mocambos estavam Acotirene, Andalaquituche e Aqualtune e o principal deles, o Cerca Real do Macaco, onde havia o centro político de Palmares com cerca de 6 mil habitantes. O complexo que formava Palmares possuía 20 mil pessoas.

Para proteção contra invasões, o Cerca Real do Macaco tinha uma paliçada com armadilhas. Os outros mocambos estavam ligados  por estradas na região da Serra da Barriga, em Alagoas. Essa área, na época, estava vinculada à capitania de Pernambuco.

Zumbi dos Palmares nasceu no quilombo em 1655 e há poucas informações sobre a vida dele, mas existe um relato do jornalista Décio Freitas, que conta que Zumbi nasceu livre em Palmares e foi capturado quando tinha aproximadamente sete anos. Ele foi entregue como escravo a um padre chamado Antônio Melo.

Zumbi recebeu o nome de Francisco e aprendeu a falar português e latim. Aos 15 anos, teria conseguido fugir e retornar a Palmares, onde se tornou em um importante comandante militar.

Durante a atuação como general, Zumbi se desentendeu com o líder de Palmares, Ganga Zumba, que recebeu uma oferta de paz das autoridades coloniais. Na proposta, o  governador da capitania concedia a liberdade para os nascidos em Palmares, mas todos que fossem fugidos deveriam retornar a seus donos. 

Zumbi não concordou com a proposta e defendeu que a liberdade fosse uma conquista para todos. Diante disso, acredita-se que Zumbi assassinou Ganga Zumba, por envenenamento, e se tornou o líder do quilombo.

Anos depois, as tropas de Domingos Jorge Velho atacaram e destruíram Cerca Real do Macaco e Zumbi fugiu, precisando viver escondido em matas. Ele foi localizado após uma denúncia sobre o esconderijo e foi morto em uma emboscada em 20 de novembro de 1695. Zumbi teve a mão cortada e a cabeça decepada, salgada e levada para Recife, onde ficou em exposição em praça pública.

No século XX, Zumbi dos Palmares foi reconhecido como um símbolo de resistência e luta por determinados grupos políticos e a apropriação da morte dele foi convertida no Dia da Consciência Negra.

A professora da UFPE destaca que figuras como “Zumbi, Dandara, Acotirene e Gana Zumba são lideranças de Palmares que trazem para essa ideia, representação e representatividade de lideranças que lutaram e mostraram que é possível a construção de outro modelo de sociedade e que eles estavam denunciando que a sociedade é hierarquizada dentro da questão racial é nociva”.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco