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Ministério Público denuncia mulher suspeita de dar golpes no Facebook prometendo financiamento de veículos

Izabel Penha foi denunciada por estelionato

De acordo com as investigações, Izabela agia através da empresa IDECK Empreendimentos, situada no Recife, atraindo clientes através de anúncios no Facebook

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) denunciou uma mulher identificada como Izabela Penha Souza por estelionato. Ela foi acusada em fevereiro de 2022 de enganar consumidores para obter vantagens financeiras ao prometer financiamentos de veículos que, na verdade, eram contratos de consórcio.

De acordo com as investigações, Izabela agia através da empresa IDECK Empreendimentos, situada no Recife, atraindo clientes através de anúncios no Facebook, nos quais anunciava o financiamento de veículos.

Ao entrarem em contato, os clientes eram orientados a pagar um valor inicial com a promessa de que, após um prazo, poderiam retirar o veículo em uma concessionária indicada. 

No entanto, após aguardarem o prazo, os clientes descobriam que tinham assinado um contrato de consórcio, que não garantia a entrega imediata do veículo, mas sim a contemplação futura, ou seja, um sorteio.

Ao perceberem que tinham caído em um golpe, os clientes pediam o reembolso e eram informados de que a devolução demoraria 90 dias. Porém, o valor não era restituído ao fim desse prazo.

O caso chegou à Justiça através de Gabriel Vitor Barbosa, que viu um anúncio de uma motocicleta Honda no Facebook. Ele foi até a IDECK, pagou uma entrada e foi informado de que poderia retirar o veículo em dois meses. 

Após esse período, ele descobriu que assinou um contrato de consórcio e solicitou o cancelamento e nunca foi reembolsado. Segundo a namorada de Gabriel, ele foi orientado pela vendedora a responder “sim” em ligações de confirmação, exceto para perguntas sobre “contemplação certa”, o que ajudava a confundir o contrato de consórcio com um financiamento.

O dono do prédio onde funcionava a empresa Izabela Penha relatou que em março de 2022 houve um protesto com aproximadamente 50 pessoas em frente ao imóvel.

Ele também afirmou que, após o protesto, os funcionários fecharam o local e desapareceram, e ouviu rumores de que a IDECK estaria operando sob o nome de FIRE Empreendimentos.

Em depoimento, a proprietária da IDECK confirmou que a empresa operava principalmente online, com anúncios de consórcios ligados a veículos, e que ela mesma treinava a equipe. 

Izabel negou envolvimento com a FIRE Empreendimentos, mas admitiu que ouviu dizer que ex-funcionários foram trabalhar lá. No entanto, os documentos anexados ao processo, incluindo boletins de ocorrência e comprovantes de pagamento, reforçam as suspeitas contra a denunciada.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco