ABUSO
Ministério Público pede prisão de padrasto suspeito de abusar enteada e dar anticoncepcional à vítima
O caso aconteceu em fevereiro deste ano em Garanhuns e a denúncia foi oferecida nesta quarta (13)
Por: Adelmo Lucena
Publicado em: 13/11/2024 20:58 | Atualizado em: 13/11/2024 21:15
Em depoimento à Polícia, a madrasta contou que a vítima passou a ter um comportamento atípico após o abuso, tirando notas baixas na escola e se comportando de maneira agressiva (Foto: Arquivo DP Foto) |
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ofereceu, nesta quarta-feira (13), uma denúncia e pediu a prisão preventiva de um homem suspeito de ter abusado sexualmente da enteada em fevereiro deste ano na zona rural de Garanhuns, no Agreste. O crime teria acontecido enquanto a vítima estava dormindo e, após o ato, o padrasto teria dado pílulas do dia seguinte para a menina.
Para o MPPE, o “denunciado demonstrou sua periculosidade ao utilizar de sua posição superior de padrasto, bem como meio sorrateiro para se aproximar da vítima durante seu sono, além de que, após a prática delitiva tentou coagir a vítima a não contar o ocorrido”.
De acordo com o Inquérito Policial, a vítima tinha 13 anos na época do crime e estava passando alguns dias das férias na casa da mãe e do padrasto. Durante uma das noites, o homem teria abusado sexualmente da adolescente, que relatou ter acordado assustada na madrugada com a cama balançando e ter visto o padrasto se levantando e vestindo as roupas dele.
De acordo com a adolescente, ela viu o forro da cama, manchas de sangue e um líquido branco, além disso, informou à Polícia Civil que sentiu fortes dores na região vaginal. Segundo ela, no dia seguinte ao ato, o padrasto teria entregado a ela uma cartela de anticoncepcional e disse para a vítima não contar a ninguém sobre o ocorrido.
A menina teria contado à madrasta que recebeu os remédios sob a justificativa de que eles serviriam para reduzir as espinhas no rosto. Ao ser pressionada, a vítima contou que teria sido abusada.
Ainda segundo o inquérito, a vítima mora com o pai desde os dois anos de idade e costumava visitar a mãe e o padrasto esporadicamente. Segundo o relato do pai, a menina mora com ele pois ela era agredida pelo padrasto quando criança.
Em depoimento à Polícia, a madrasta contou que a vítima passou a ter um comportamento atípico após o abuso, tirando notas baixas na escola e se comportando de maneira agressiva.
A mãe da vítima relatou à Polícia que não acredita na acusação da filha e que confia no companheiro. Ela ainda disse que tentou entrar em contato com a menina uma única vez após o ocorrido.
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