A Polícia Militar de Pernambuco prendeu, nesta quinta-feira (7), Silmara Kaline Tavares Soares, suspeita de ser a mentora intelectual do assassinato do advogado e motoriusta de aplicativo Hugo Espindolar, de 29 anos. Ele foi assassinado a tiros durante uma corrida em 8 de março no distrito de Insurreição, zona rural de Sairé, no Agreste.
Simaria foi presa no bairro Indianópolis, em Caruaru, poucas horas após ser considerada foragida. Após a prisão, ela foi transferida para a Colônia Penal Feminina de de Buíque, onde está detida de maneira preventiva.
Em entrevista ao Diario de Pernambuco, a mãe da vítima, a empresária Rosimere Maria Barbosa, de 57 anos, relatou que Silmara Kaline era cunhada de Hugo e que o crime teria sido motivado por uma herança.
Entenda o caso
O conflito entre Hugo e Silmara se intensificou no final de 2023, após a morte da mãe da suspeita. Após o recebimento da notícia sobre o falecimento, ainda no hospital, Silmara e a irmã se desentenderam e Hugo tentou intervir na briga para proteger a esposa, mas acabou sendo ameaçado pela cunhada.
Na ocasião, Hugo teria defendido a esposa das agressões de Silmara e acabou entrando em conflito com o filho dela, José Sostenys Dantas. No final da discussão, Simaria teria ameaçado Hugo, dizendo que em brigas com homens, ela resolvia as coisas de maneira “diferente”.
O crime aconteceu quando Hugo foi acionado para realizar uma corrida até a área rural de Sairé e, mesmo desconfiado, aceitou a solicitação. Ao chegar no local indicado, ele foi surpreendido e assassinado a tiros pelo passageiro, enquanto ainda segurava seu celular no banco do motorista. No momento, ele tentava falar com os supostos passageiros.
O suspeito de ter assassinado o motorista é Leanderson de Lima, preso em maio deste ano em Caruaru. Ele teria recebido R$ 5 mil para executar o crime a mando de Silmara. Um outro envolvido, identificado como José Sostenys, foi preso em 14 de outubro durante uma blitz da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
“Eu creio que na hora do julgamento a justiça será feita. Ela tirou a vida de um filho, de um cidadão de bem, de um pai, de um irmão, de um primo e de um amigo. Eu tenho fé e tenho esperança, pois se a gente não viver nisso, a gente morre”, declarou a mãe da vítima, Rosimere Maria.