OPERAÇÂO HOLDING DO CRIME
Quadrilha que teve mais de R$ 100 milhões bloqueados usava série de empresas de fachada
Desencadeada pela Polícia Civil de Pernambuco, Operação Holding cumpriu 9 mandados de prisão e 19 de busca e apreensão
Por: Aimé Kyrillos
Publicado em: 19/11/2024 12:56
Na ação, foram cumpridos nove mandados de prisões, 19 mandados de busca e apreensão domiciliar, sequestro de bens e valores, além de bloqueio de ativos financeiros (Foto: Divulgação/PCPE) |
A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) desencadeou, na manhã desta terça-feira (19), a Operação de Repressão Qualificada “Holding do Crime”.
A organização usava uma série de empresas de fachada para lavagem de dinheiro. Por isso, a ação foi batizada desta maneira.
As investigações foram iniciadas em março de 2022 e contaram com a colaboração da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil (Dintel/PCPE), do Laboratório de Tecnologia contra lavagem de dinheiro (Lab/PCPE), além de outros órgãos e polícias civis de outros Estados.
Na execução da operação em Pernambuco participaram 60 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães.
Na ação, foram cumpridos nove mandados de prisões, 19 mandados de busca e apreensão domiciliar, sequestro de bens e valores, além de bloqueio de ativos financeiros.
Detalhes
As investigações foram iniciadas em março de 2022 e têm como objetivo desarticular organização criminosa responsável por promover a lavagem de capitais obtida a partir da prática criminosa, sobretudo, do tráfico de drogas.
No curso das investigações, foi identificada uma verdadeira “holding” empresarial composta por empresas de “fachada” e constituídas através da utilização de documentos falsos, fazendo com que o dinheiro ilícito ingressasse no mercado financeiro sem que suspeitas fossem despertadas.
Apurou-se que a organização criminosa, também adquiria imóveis nos Estados de Pernambuco e na Paraíba em nome de laranjas.
A Polícia Civil de Pernambuco, através dos delegados que presidiram as investigações, solicitaram o sequestro de bens móveis, imóveis e de ativos financeiros no importe de R$ 100.206.717,25 (cem milhões, duzentos e seis mil, setecentos e dezessete reais e vinte e cinco centavos).
O esquema de crimes estava concentrado em Pernambuco, Paraíba, Minas Gerais, Paraná e Rondônia.
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