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TJPE nomeia primeiras mulheres desembargadoras por paridade de gênero

Além das promoções das duas magistradas, a votação também nomeou outros quatro desembargadores, totalizando seis novos membros no tribunal

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) nomeou as juízas Ângela Cristina de Norões Lins Cavalcanti e Andrea Epaminondas Tenório de Brito como as duas primeiras mulheres ao cargo de desembargadora com base na paridade de gênero, conforme a Resolução N° 525/2023 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).  

Elas foram promovidas ao 2º grau de jurisdição pelo critério de merecimento, reafirmando a importância da alternância de gênero nas promoções judiciais, estabelecida pela resolução do CNJ. 

Com essa medida, o TJPE atende à recomendação de alternar entre uma lista exclusiva para mulheres e uma lista mista nas nomeações. 

Além das promoções das duas magistradas, a votação também nomeou outros quatro desembargadores, totalizando seis novos membros no tribunal. Entre os nomeados pelos critérios de merecimento e antiguidade estão Virgínio Marques Carneiro Leão, Elio Braz Mendes, Airton Mozart Valadares Vieira Pires e Marcelo Russell Wanderley. 

A votação, que teve início às 9h30 desta segunda-feira (4) na Sala de Sessões Desembargador Antônio Brito Alves, no Palácio da Justiça, contou com a presença do presidente do TJPE, Ricardo Paes Barreto, além de outros desembargadores.  

A cerimônia de posse dos novos desembargadores está marcada para a próxima terça-feira (5), às 17h30, onde os empossados assumirão oficialmente seus cargos e compromissos perante o tribunal. 

O presidente TJPE, Ricardo Paes Barreto, revelou que em 2024 haverá apenas uma vaga mista, e as gestões subsequentes terão mais sete vagas distribuídas por merecimento e antiguidade.  

Depoimentos 

Andrea Epaminondas Tenório de Brito e Ângela Cristina de Norões Lins Cavalcanti

Para a desembargadora Andrea Epaminondas Tenório de Brito, a nomeação representa um momento histórico de reparação para as mulheres no Judiciário.
 
“Eu pretendo defender o espaço das mulheres no campo das decisões. Esse momento é muito importante para a história, pois representa uma reparação. Por muito tempo, as mulheres foram silenciadas e excluídas desse ciclo. O poder judiciário está caminhando em sintonia com o que a população deseja, e as iniciativas de reparação de gênero surgem como uma medida de mudança.", disse Andrea.

Já a desembargadora Ângela Cristina de Norões Lins Cavalcanti expressou gratidão pela conquista. "Hoje é um dia de muita gratidão por integrar a Corte judiciária. Sou juíza há 32 anos e espero que o caminho que trilhei possa abrir portas para outras colegas valorosas, que têm muito a oferecer ao Tribunal de Justiça de Pernambuco", declarou. 

Leia a notícia no Diario de Pernambuco