O ano de 2014 foi de reviravoltas na vida de Sheldon da Silva Ferreira, de 23 anos. Casado há 10 meses com Suelen Mansur, afastado das drogas, ele desfez a dupla com Boco e deixou o título de MC para dar o pontapé no projeto solo e trazer nova roupagem para composições. "Decidi fazer músicas voltadas para os jovens, com letras leves e sentidos mais puros, alegres e dançantes, além de algumas faixas românticas", explica o artista, que deixa as polêmicas com as "novinhas" no passado e quer se afastar de temas "proibidos". Para consolidar a nova fase, ele divulga nesta segunda-feira (1º) o clipe da música inédita Estilo panicat, a grande aposta para o verão, que vai entrar no páreo para o hit do carnaval 2015.
Um dos precursores do bregafunk pernambucano, nascido e criado no Coque, Sheldon se inspira em artistas como Thiaguinho, Léo Santana e Luan Santana, além do rapper norte-americano 50 Cent. "Estudei o que está acontecendo pelo Brasil e no mundo e cheguei nesse estilo". Em dezembro, lançará o primeiro disco, Mexendo sozinho, composto por 16 faixas autorais, que misturam ritmos como swingueira, eletrônico, funk norte-americano, música negra, reggaeton e forró, sem deixar de lado as batidas aceleradas do brega. "Jamais deixarei o brega. A sonoridade é diferente, mas a base é mesma", garante.
Em julho, ele anunciou o fim da dupla Sheldon e Boco, e assumiu o nome artístico Sheldon Férrer - que une a palavra "fé" com o sobrenome Ferreira. Embora tenha sido revelado aos 17 anos como MC, revolucionado o cenário do brega pernambucano e aberto o caminho para outros artistas do gênero, Sheldon prefere se desvincular do rótulo e ampliar as sonoridades. "Quando vou a boates da Zona Sul, o que mais ouço é minha música. Este nome artístico será essencial para o recomeço".
O cantor, conhecido como o "rei das novinhas", amadureceu e optou deixar de fora do repertório as letras mais pesadas. Para se afastar da repercussão negativa causada pela música Se eu mato, eu vou preso (2011), ele resolveu excluir dos shows essa e qualquer canção que tenha sentido pejorativo. "Isso não enche mais a minha vista. As referências mudaram", afirma ele, que manteve os hits Fio dental e Essa eu fiz pra você.
Para completar, Sheldon toma as rédeas dos negócios. O pai, Alaor Ferreira, administra a produtora da família, SF Produções. Uma equipe também dá conta de cada detalhe, desde a forma de falar e vestir, até o acompanhamento de exercícios, alimentação e fonoaudiologia. Alaor tem pulso firme e voz grave, que controla os gastos, analisa os contratos e negocia a agenda de shows de Sheldon, para que o filho possa criar músicas, pesquisar e ter autonomia para executar novas ideias. "Parei para observar e vi que só quem poderia mudar a história era eu mesmo", confessa o artista, que frequenta a Igreja Episcopal Carismática do Espinheiro, tem planos de concluir o ensino médio e até fazer faculdade de fisioterapia. "Quero levar uma mensagem positiva".
%2bProibidas
"Se eu mato eu vou preso, se eu roubo eu vou preso, se é pra pegar novinha eu vou preso satisfeito": Se eu mato eu vou preso
"Vem novinha me ter, vem novinha me ter, vem novinha me ter, me ter, me ter. É Sheldon e Boco pra você": Vem novinha
"Novinha kika, kika vem kikando, kika daquele jeitinho, Sheldon e Troia tá gostando”: Novinha kika
Permitidas
"Bota a mão no joelhinho e mexe pra lá e pra cá. Ela joga o cabelo e faz o povo delirar": Estilo panicat
"Fala baby, fala baby, fala que me ama, dentro
do meu coração é teu nome que chama. Fala baby, fala baby, que eu já eu tô maluco, você é minha razão, você é meu mundo": Romeu e Julieta
Assista:
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