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Sobrenatural: A Origem estreia no Brasil e "caça-fantasmas" recifense comenta o tema

O pesquisador e parapsicólogo Valter da Rosa Borges fala sobre fenômenos paranormais de clássicos do terror

Sobrenatural: a origem "explica" as assombrações dos dois primeiros títulos da franquia. Foto: Sony/Divulgação

“Se você chama um fantasma, todos os outros podem ouvir”. A frase é da personagem Elise Rainier (Lin Shaye), que retorna nesta quinta-feira (30) aos cinemas brasileiros no longa Sobrenatural: A Origem, o terceiro da franquia. Ela repete o papel dos títulos anteriores: uma “paranormal” capaz de se comunicar com os mortos.

No enredo - situado em época anterior ao assombro da família Lambert, núcleo dos dois primeiros filmes - Elise “sente” uma presença demoníaca e orienta a adolescente Quinn (Stefanie Scott) a não persistir em tentar contactar a mãe, recém-falecida. O conselho é fruto da experiência com fenômenos sobrenaturais, fundamental nas batalhas travadas ao longo da trama, entre vivos e desencarnados. Combates que escapam das telas e ocorrem, sim, na vida real. Pano de fundo da carreira do pesquisador e parapsicólogo Valter da Rosa Borges, “caça-fantasmas” recifense.

[SAIBAMAIS] Casos como o retratado no filme, em que a jovem é assombrada por uma entidade malígna, fazem soar o telefone do IPPP (Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofisicas) desde 1973, quando foi fundado. Fenômenos “poltergeist” são, na história da casa, os mais comuns. Objetos que se movem ou roupas em combustão espontânea sinalizam que há algo errado. “A quase totalidade dos casos é provocada pela mente humana”, explica Rosa Borges. Os restantes são mistérios.

Fantasmas, porém, não existem na parapsicologia. São classificados como alucinações. O tema do clássico Poltergeist - o fenômeno (1982), por exemplo, é explicado pelo pesquisador como uma série de efeitos da mente perturbada. “Mais comum em meninas entre os 11 e os 14 anos, com algum trauma ou grande aflição”, diz. No Recife, recorda-se de dois principais casos. O primeiro, uma adolescente que não aceitava a madrasta e provocava a combustão espontânea das roupas do pai. O segundo, outra jovem, que movia garrafas entre os cômodos da casa, traumatizada com a morte de uma criança da qual era babá. “Não há nada sobrenatural nisso. São ações da mente.”

Valter da Rosa Borges pesquisa fenômenos paranormais há mais de 50 anos. Foto: Larissa Lins/DP/DA Press

>>O INSTITUTO

O Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofisicas atende a chamadas enviadas pelo site (www.parapsicologia.org.br). Aos sábados, promove palestras e debates, a partir das 9h, com temas que envolvem parapsicologia, psicologia, filosofia e fenômenos paranormais. A equipe desenvolve estudos variados e, atualmente, pesquisa sobre gravações espontâneas em aparelhos eletrônicos.

>> O FILME

Sobrenatural: a origem (Insidious: Chapter 3), que estreia nesta quinta-feira (30), nos cinemas de todo o país, é dirigido por Leigh Whannell e estrelado por Dermot Mulroney e Stefanie Scott. É o terceiro título da franquia e destina-se a “explicar” a gênese dos mistérios que assombram a família Lambert.

>> O PESQUISADOR

Valter da Rosa Borges é pesquisador, professor e parapsicólogo. Fundou o Grêmio Cultural Joaquim Nabuco (1950), o Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas  (1973), a Academia Pernambucana de Ciências (1978) e a Sociedade Internacional de Transcendentologia (1999). Escreveu mais de 20 livros, entre A Parapsicologia em Pernambuco, A mente mágica e Deus: realidade ou mito?

No enredo, fenômenos paranormais dão o tom do suspense. Foto: Sony/Divulgação

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