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Nação Zumbi lembra Gonzagão, Lia e critica pessimismo na volta ao palco do último show com Science no Recife
Grupo mesclou músicas históricas dos mais de 20 anos de carreira com canções mais recentes
[SAIBAMAIS]O clima de nostalgia contrastava, visivelmente, com as idades dos fãs presentes. Garotos de 20 e poucos anos – certamente crianças quando CSNZ estourou e quando a música pernambucana perdeu precocemente um dos principais ídolos, em um acidente de carro, no dia 2 de fevereiro de 1997 – gritavam empolgados, especialmente as músicas mais antigas, concentradas na segunda metade do show.
O repertório de cerca de uma hora e meia, iniciado pouco depois de 1h30, foi basicamente o mesmo apresentado no festival SummerStage, no Central Park, em Nova York, no dia 2 de agosto. Duas décadas depois, eles voltaram ao mesmo palco onde fizeram o primeiro show nos Estados Unidos, com participação de Gilberto Gil.
Poucas horas antes dos protestos contra o governo da presidente Dilma Rousseff, marcados para este domingo, Jorge mandou o recado dele. "A gente tem que ter otimismo. Reclamar é muito fácil. Já passei por situações piores", disparou, antes da canção Novas auroras, faixa do último álbum.
"Quando a gente entrou para passar o som, veio tudo de novo. É um prazer estar aqui de novo", comemorou o vocalista Jorge du Peixe, em uma das poucas alusões diretas aos quase 20 anos do histórico show. "Vamos fazer uma pequena viagem no tempo aí, para o tempo de Chico Science e Nação Zumbi", gritou, para delírio da plateia cheia e com ingressos esgotados, mas confortável em espaço, apesar do forte calor.
Luiz Gonzaga foi lembrado dentro de Rios, pontes e overdrives, com trecho de O fole roncou, durante a apresentação da banda. O momento teve direito a roda de ciranda armada entre o público e performance de dança do percussionista Toca Ogan. Antes do bis, uma pausa para gritos das torcidas rubro-negra e tricolor, impulsionadas pela camisa do Santa Cruz empunhada pelo guitarrista Lúcio Maia, o mais empolgado sobre o palco.
As três músicas escolhidas para encerrar a noite, tirar todos do chão e transformar a pista em uma grande roda foram Etnia, A praieira (com Quem me deu foi Lia) e Quando a maré encher.
O rapper Black Alien, ex-integrante da lendária banda Planet Hemp, fez o show de abertura, já para uma casa cheia. A DJ pernambucana Lala K ficou responsável pela discotecagem antes e durante as apresentações.
Confira o repertório da noite:
Monólogo ao pé do ouvido
BIS
A praieira