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Cerca de 30 longas-metragens podem ser finalizados em Pernambuco em 2016

Há também 12 longas que entrarão em cartaz nos próximos meses e mais 15 que serão filmados ao longo do ano

 

Novos longas-metragens pernambucanos podem entrar em cartaz no circuito de cinemas em absolutamente todos os meses de 2016. Afinal, há pelo menos 12 filmes locais que já circularam em festivais e devem estrear ao longo do novo ano. A previsão indica que a produção cinematográfica do estado está consolidada e já atingiu um ritmo constante. Se o calendário for bem distribuído para não haver choques entre as datas, é mesmo possível haver um lançamento diferente a cada mês.

O número pode ser maior, já que mais filmes estão em fase de finalização e podem entrar em cartaz ainda este ano se forem selecionados para festivais nos primeiros meses. Não é o caminho mais comum, já que o normal é trabalhar a divulgação nas mostras primeiro e só iniciar a distribuição comercial no ano seguinte. Apesar de ser mais improvável, outros também podem ser lançados diretamente nos cinemas sem antes participar de eventos.

A quantidade de longas que estarão em festivais também é incerta. Há cerca de 30 produções que já foram filmadas (incluindo coproduções com outros estados e países) e estão em estágio de montagem ou finalização, mas esse processo pode durar meses de acordo com as escolhas de cada diretor (Kleber Mendonça Filho precisou de mais de um ano para montar O som ao redor, por exemplo) e nem todos serão selecionados pelas mostras. Alguns demoram mais que o previsto para ficarem prontos, enquanto outros têm o lançamento adiado por causa de negociações com festivais importantes que exigem ineditismo.

LONGAS-METRAGENS EM FASE DE MONTAGEM OU FINALIZAÇÃO:

- Um certo Joaquim, de Marcelo Gomes

- Animal político, de Tião

- O ateliê da Rua do Brum, de Juliano Dornelles

- Açúcar, de Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira

- Super Orquestra Arcoverdense de Ritmos Pernambucanos, de Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira

- Aquarius, de Kleber Mendonça Filho

- Canavieiros, de Andreá Ferraz

- Jorge Cabeleira e o Dia em que Seremos Todos Inúteis, de Dudu Melo Pereira

- Memórias de nossos heróis, de Dudu Melo Pereira

- Seu Cavalcante, de Leonardo Lacca

- Beco, de Camilo Cavalcante

- O silêncio da noite é que tem sido testemunha das minhas amarguras, de Petrônio Lorena

- Danado de bom, de Deby Brennand

- Jackson e imagens, de Cacá Teixeira e Marcus Villar

- Azougue Nazaré, de Tiago Melo

- Maracatu sagrado, de Tiago Melo

- Índios Zoró, de Luiz Paulino dos Santos

- Terecô da Mata do Codó, de Ananias de Caldas

- Santo Daime, império da floresta, de André Sampaio

- Saudade, de Paulo Caldas

- O jardim das aflições, de Josias Teófilo

- Amores de chumbo, de Tuca Siqueira

- Martírio, de Vincent Carelli

- Parquelândia, de Cecília da Fonte

- Steven esteve aqui, de Fernando Weller

- Direitos autorais, de Ernesto de Carvalho

- Amores líquidos, de Jorane Castro

- A serpente, de Jura Capela

- Te sigo, de Cecília Araújo

- Fim do mundo, de Hilton Lacerda e Lírio Ferreira

Há também casos de filmes que foram lançados em festivais no fim do ano, como A seita e Todas as cores da noite, e ainda podem circular em outras mostras (no Brasil e no exterior) antes de entrarem em cartaz. Outros filmes, como Big Jato, ainda não fizeram a estreia em eventos internacionais e podem surpreender. Os festivais de Roterdã e Berlim, que ocorrem em janeiro e fevereiro, devem incluir algumas dessas produções na programação. Animal político, por exemplo, ainda totalmente inédito, já foi visto por curadores de ambos e estará na Mostra de Cinema de Tiradentes (no final de janeiro em Minas Gerais).

Como pelo menos 15 projetos de longas-metragens já aprovaram patrocínios estaduais e federais para iniciar a produção, é possível prever que eles serão filmados em 2016. Mesmo assim, cortes ou atrasos na liberação das verbas podem adiar as filmagens.

LONGAS QUE SERÃO FILMADOS EM 2016

(projetos que já conseguiram patrocínio para a produção)

- Mangue bit, de Jura Capela

- King Kong en Asunción, de Camilo Cavalcante

- Isolar, de Leonardo Sette

- O Sertão vai virar mar e o mar vai virar Sertão, de Paulo Caldas

- Propriedade privada, de Daniel Bandeira

- Choque, de Marcelo Pedroso

- Carro Rei, de Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira

- Légua tirana, de Marcos Carvalho

- A morte habita à noite, de Eduardo Morotó

- Obreiro, de Gabriel Mascaro

- Acqua Movie, de Lírio Ferreira

- Paterno, de Marcelo Lordello

- Piedade, de Cláudio Assis

- A transformação de Canuto, de Ernesto de Carvalho e Ariel Ortega

Para os filmes que vão entrar em cartaz, o desafio são as bilheterias. Os recém-inaugurados novos equipamentos do Cinema São Luiz podem ajudar bastante, mas apenas no Recife (e com ingressos mais baratos). A história da eternidade, de Camilo Cavalcante, Sangue azul, de Lírio Ferreira, e Permanência, de Leonardo Lacca, foram os principais lançamentos do cinema pernambucano em 2015 e nenhum deles ultrapassou a marca de 15 mil espectadores, apesar de terem obtido sucesso de público, critica e prêmios em importantes festivais em 2014.

Com estreia prevista para 14 de janeiro, Boi neon, de Gabriel Mascaro, será o primeiro filme pernambucano a entrar em cartaz nos cinemas em 2016. O lançamento seguinte deve ser Prometo um dia deixar essa cidade, de Daniel Aragão, possivelmente em fevereiro. Big Jato e A luneta do tempo estão previstos para março. A história da eternidade, que entrou em festivais em 2014 e estreou em 2015 (quando também foi exibido na TV) voltará a ser exibido em tela grande, já a partir de janeiro, em temporada no São Luiz.

LONGAS QUE ENTRARÃO EM CARTAZ NOS CINEMAS EM 2016 (já circularam em festivais)

- Boi Neon, de Gabriel Mascaro

- Big Jato, de Cláudio Assis

- Prometo um dia deixar essa cidade, de Daniel Aragão

- Todas as cores da noite, de Pedro Severien

- Invólucro, de Caroline Oliveira

- A luneta do tempo, de Alceu Valença

- O gigantesco ímã, de Petrônio Lorena e Tiago Scorza

- Mães do Pina, de Leo Falcão

- A seita, de André Antônio

- Brasil S/A, de Marcelo Pedroso

- O Mestre e o Divino, de Tiago Campos

- Ramo, de João Lucas, Hugo Coutinho, Rafael Amorim e Pedro Andrade

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