São Paulo - A força será realmente vista e sentida no filme Star Wars: O despertar da força. A garantia é do coprodutor do filme Bryan Burk, em painel na Comic Con Experience, neste sábado. Braço direto do diretor JJ Abrams desde que fizeram juntos a série Alias, em 2001, Burk – que se voluntariou para vir ao Brasil pela sexta vez, antecipou ainda que a ideia é reviver a atmosfera da trilogia original. “Tinha oito anos quando o primeiro filme foi lançado. Fui ao cinema em Los Angeles, onde morava, e a sensação desta experiência foi única, tão visceral que nunca mais se repetiu”, contou.
Burk falou ainda sobre a arte de divulgar um filme nesta escala, sem revelar todos os detalhes da trama, antes da estreia, no próximo dia 17. “A ideia é manter segredo e continuar fazendo. O mérito não é apenas da equipe incrível da Disney. Os próprios jornalistas nos pendem em entrevista 'não dê spoiler, por favor'. Todos querem essa sensação de ser surpreendido”.
O coprodutor revelou ainda que J.J. Abrams não queria fazer o filme em princípio. “Nas primeiras reuniões, ele tinha ideias ótimas, mas dizia que não queria fazer o filme”, lembrou. Só depois da terceira reunião, os dois disseram juntos: “vamos fazer”. A força dos personagens de Star Wars também foi tópico da conversa em um auditório lotado por mais de duas mil pessoas. Burk contou como os personagens novos servem como pontes para uma nova geração de espectadores. “Eles também não testemunharam tudo o que aconteceu, ouviram falar e tal, mas estarão aprendendo tudo agora”. Os seis filmes serão o ponto de partida, mas esperamos expandir para um novo universo.
Sobre as reações aos novos rostos da saga, ele foi categórico. “É impressionante que ainda estejamos falando que o personagem principal é uma mulher ou que o protagonista é negro. Usamos John Boyega (Finn) e Daisy Ridley (Rey) porque são os melhores. E isso não tem a ver com cor da pele. Mas lembrem que a galáxia criada por George Lucas é diversa em espécies. E todos os shows de J.J. são assim: Alias, Lost...”, desabafou.
O já queridinho BB8, parte do novo elenco de droides, foi criado por J.J. E ele sabia exatamente o queria: “Uma bola maior e outra menor, sem rodinhas nos pés nem nada. Toda vez que o vejo, fico impressionado”, contou. Os efeitos práticos, tão característicos ao universo Star Wars, foram lembrados. “Não há nada que não seja possível fazer, essa é a ideia. É impressionante tocar nos bonecos, naquela fantasia concreta, ver os manipuladores lhes dar movimentos. Muitos bonecos foram criados e nem estão no filme. E é uma tecnologia tão antiga. E só depois colocamos os efeitos, combinados. Às vezes, vejo a edição e não sei dizer se o que estou vendo estava na cena ou foi inserido depois”.
Os fãs estavam ansiosos por qualquer notícia a respeito dos stand alones de Star Wars, filmes que virão sobre Boba Fett e Obi One, mas foram logo distraídos por um material inédito e, segundo o produtor, produzido apenas para o Brasil, de bastidores. Ao ser ovacionado ao voltar ao palco, Burk se despediu – em bom português: “Que a força esteja com vocês”.
A jornalista viajou a convite do Netflix
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