Duas semanas separam a safra de discos lançados em 2015 da prevista para o próximo ano - quando Isadora Melo, Otto e Aninha Martins, entre outros pernambucanos, depositam novidades nas prateleiras. No apagar das luzes da temporada, arranjos instrumentais e tributo às raízes chegam ao mercado como elementos protagonistas de novos álbuns. Somente na semana passada, três discos ganharam evento de lançamento no Recife: Avia, de Geraldo Maia, Rosil do Brasil (Universal, R$ 26,90) de Chico Salles, e Sacrifício pela fé, de Fred Andrade. Porcelana (Independente, R$ 29,90), álbum acalentado desde o primeiro semestre por Gonzaga Leal e Alaíde Costa, e o disco de estreia de Renata Rosa, Encantações (Independente, R$ 20), também ganharam formato físico.
Renata Rosa, paulista radicada em Pernambuco, por sua vez, estreia - após 15 anos de estrada - com o disco Encantações, sintetizando propósitos compartilhados pelos outros quatro lançamentos da temporada. Arranjos instrumentais arrojados se misturam ao sotaque e a elementos do cancioneiro popular nordestino. Maracas, percussão, viola, rabeca, trombone, trompete e o coro das índias kariri-xocó se misturam nas sete faixas do disco, que pinça heranças musicais africanas, árabes, portuguesas e indígenas. Amei demais, Cantar ciranda, Imbarabaô e Jurema estão entre os destaques do repertório.
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