Record e Globo se destacam com novelas e programas de auditório Com inovação e um certo refinamento nas fórmulas de elaboração, emissoras garantem sucesso em novelas, programas de auditório e gastronomia

Por: Vinicius Nader

Publicado em: 13/12/2015 11:29 Atualizado em:

 (Divulgação)

A tevê por assinatura avança pelo país, o serviço de streaming tem cada vez mais opções para os fãs de televisão. Mas não importa, a tevê aberta ainda movimenta a audiência (muitas vezes virtual, é verdade) e pauta várias das conversas nas mesas de bar e das postagens nas redes sociais. Não deu nenhuma espiadinha na cena de Paolla Oliveira na janela ou nos nudes de Rodrigo Lombardi? Nem viu de relance (claro!) Os dez mandamentos, seja para se emocionar, seja para criticar? Confira alguns destaques - para o bem e para o mal - que 2015 nos deixou na tevê aberta.

O país que adora novelas não pôde comemorar tanto em 2015. O maior destaque do gênero foi Os dez mandamentos, da Record. Mesmo com uma barriga interminável, a trama bateu recordes de audiência. A cena em que Moisés (Guilherme Winter) abre o Mar Vermelho contou com efeitos da turma de The walking dead e, se não fosse pela pífia atuação do elenco, marcaria época. Curiosamente não foi Moisés e sim o Ramsés de Sergio Marone quem mais chamou a atenção.

Na Globo, o destaque foi Além do tempo, que tem na história simples e no elenco encabeçado por Irene Ravache, Alinne Moraes, Rafael Cardoso e Paolla Oliveira seus trunfos.

E não dá para esquecer de Verdades secretas. A novela de Walcyr Carrasco mostrou ao Brasil uma nova Grazi Massafera (bem no papel da modelo Larissa), e ainda causou burburinho ao tratar do mundo da moda sem o glamour costumeiro. Reynaldo Gianecchini e Rodrigo Lombardi se destacaram pela dramaticidade dos papéis de Anthony e Alex, mas especialmente pelas cenas em que apareceram nus. E foram várias.

Brasília na telinha

A capital não ficou de fora dos sucessos do ano. Logo em janeiro, a minissérie Felizes para sempre? apresentou ao resto do país nossos cobogós e avenidas largas. A trama, bem construída por Euclydes Marinho, até tinha a política como pano de fundo, mas mostrava outros ângulos da cidade. As curvas de Niemeyer e de Paolla Oliveira andavam lado a lado.
Foi em outra produção, Verdades secretas, que Rainer Cadete teve o grande papel da carreira: Visky. De forma afetada, megahair e salto alto, ele era o confidente da vilã Fany (Marieta Severo).

Conhecida por ser celeiro de bons cantores e bandas, a cidade brilhou — e ainda brilha — nos realities musicais. A Scalene despontou depois de ser a segunda colocada no Super Star.
Já o The voice Brasil, cuja quarta temporada está em fase final, tem duas representantes do quadradinho e do Entorno: Brícia Helen (uma das favoritas da competição) e Joelma Santiago.

Mico do ano
Nem só de coisas boas viveu a tevê em 2015. O humor foi o setor que mais sofreu, especialmente com o péssimo Tomara que caia. Mico total na carreira de bons comediantes como Fabiana Karla, Dani Valente e Eri Johnson. Um programa ao vivo (que depois passou a ser gravado) onde o tom era o improviso, mas os atores seguiam um texto não podia dar certo. E ainda tinha a competição que nem os próprios atores entendiam. Durou quatro meses. Caiu! Mico total.

Além das novelas, os programas de auditório são outra mania nacional. Em 2015 não tem como negar: as apresentadoras é que comandaram a festa. A começar pela rainha Xuxa Meneguel. A loira platinada trocou a Globo pela Record depois de quase 30 anos. Dona de um programa ao vivo, a loira fez o que quis: falou sobre sexo, disse que na Globo não se sentia mais em casa, abordou temas polêmicos e parecia se divertir. A lua de mel pode ter acabado e, agora em programa gravado, Xuxa perdeu um pouco da espontaneidade e da graça.
Fátima Bernardes, quem diria, aproveitou este ano para cair na dança. A comandante do Encontro com Fátima Bernardes se arriscou no funk, no frevo, no samba e em qualquer outro ritmo que tocou. Completamente descolada da imagem que a consagrou - de jornalista séria -, Fátima se transformou este ano.

Competição
Os reality shows são febre no mundo inteiro. Mas houve uma mudança. Nada de Big Brother Brasil ou A fazenda. A hora é de MasterChef Brasil e seus irmãos gastronômicos.

As emissoras brasileiras descobriram o filão - a Band tem MasterChef Brasil e MasterChef Junior, que termina nesta terça-feira; a Record trouxe Buddy Valastro para uma versão de Batalha dos Confeiteiros; e o SBT ataca com Bake Off Brasil - Mão na massa e Cozinha sob pressão.

Mais do que ensinar a cozinhar, as atrações envolvem o público com torcidas na telinha. A repercussão, às vezes, toma outros rumos, como quando a participante Valentina, do MasterChef Junior, foi alvo de comentários pedófilos nas redes sociais.

MAIS NOTÍCIAS DO CANAL