O enredo já é conhecido. A Terra está sob invasão extraterrestre e a humanidade está sendo dizimada por ataques fragmentados denominados “Ondas”. Poucos são os sobreviventes, que acabam fugindo para áreas mais remotas com intenção de se proteger do que está por vir. Baseado no best-seller de ficção científica juvenil de Rick Yancey, A quinta onda pouco empolga para um primeiro episódio de uma possível trilogia.
O romance não é tão popular quanto os demais livros do gênero - Jogos vorazes, Divergente, Maze runner -, talvez por isso a opção por uma atriz já consagrada entre o público adolescente no papel de protagonista. Uma das atuais queridinhas de Hollywood, Chloe Grace Moretz fez fama na franquia KickAss e já estrelou longas de gêneros distintos, como o remake do terror Carrie - A estranha, o romance teen Se eu ficar e o elogiado drama Acima das nuvens. É bem possível que seu rosto se torne ainda mais conhecido mundialmente após a trama pós-apocalíptica de A quinta onda, o que ocorreu com estrelas como Jennifer Lawrence e Shailene Woodley.
Logo na primeira cena, somos apresentados a Cassie (Chloe), uma adolescente, de 16 anos, que está em busca do irmão mais novo – levado pelo Exército dos Estados Unidos para uma área aparentemente segura. Ela é sobrevivente das últimas quatro Ondas e está determinada a enfrentar todas as dificuldades para ficar junto do único ser que sobrou de sua família.
Porém, o filme pouco empolga. A voz tediosa de Cassie narrando o que aconteceu com a humanidade dá a impressão de ter sido um problema corriqueiro e não um desastre com proporções globais. Não vemos os personagens se desesperarem, perderem o controle ou simplesmente agirem de forma instintiva – como levados ao limite pelas condições extremas apresentadas no filme.
É tudo tranquilo. Cortaram a energia e a comunicação? Sem pânico, estamos juntos. Um tsunami mata 40% da população? Tudo bem, aqui é Ohio só temos que nos preocupar com um lago. Pássaros matam mais 90% que sobrou? Beleza, vamos achar um lugar seguro. E por aí vai.
Mesmo depois de perder os pais e o irmão, a protagonista nunca se desespera, nem quando descobre que os aliens estão agora disfarçados de humanos. Ela também tem dois interesses amorosos: o garoto popular da escola, Ben (Nick Robinson, de Jurassic world) e o misterioso Evan (Alex Roe), que a conhece durante a jornada.
O filme é divido em dois núcleos, o de Cassie e Evan e o da base militar, representado por Sam (irmão caçula de Cassie), Ben e outras crianças recrutadas por um general marrento, vivido por Liev Schreiber. Mas não há muita ação até o final dessa primeira parte. Pode ser que empolgue pela já consagrada fórmula de romance adolescente num futuro apocalíptico, mas definitivamente não dá para torcer contra os ETs.
Vale lembrar que obras anunciadas inicialmente como longas franquias - como O guardião de memórias e A bússola de ouro - não passaram do primeiro filme depois do péssimo desempenho nas bilheterias. É esperar parar ver se a trilogia de A quinta onda irá mesmo se concretizar nos cinemas.
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