Música
David Bowie avisou que estava morrendo. Nós que não quisemos acreditar
Músico falecido neste domingo encerrou longa trajetória com o lançamento de Blackstar, na última semana
Por: Pedro Siqueira - Diario de Pernambuco
Publicado em: 11/01/2016 14:55 Atualizado em: 11/01/2016 14:59
David Bowie no clipe Valentine's day, lançado em 2015. Foto: Divulgação |
O cenário era esperançoso. Após 10 anos longe dos holofotes, David Bowie retornava com estilo ao mundo da música com The next day (2013), disco pulsante, que parecia sinalizar um novo começo para o cantor. O retorno aos palcos já estava descartado, dificilmente veríamos Bowie ao vivo novamente, mas só de vê-lo bem, gravando discos, já era prato cheio para os fãs.
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O disco tem apenas sete faixas. A musicalidade é complexa, os arranjos passeiam pelo jazz e pelo rock de maneira caótica. As letras tratam sobre solidão, morte e esquecimento. Tudo isso agora ganha novo sentido.
Segundo o produtor Tony Visconti, Bowie lutava contra o câncer há 18 meses. Ou seja, bem no período de composição e gravação de Blackstar. O epitáfio do música veio como o clipe Lazarus, divulgado na semana passada.
O vídeo mostra um David Bowie enfermo, os olhos cobertos por ataduras, a aparência magra, quase esquelética. Ele luta para sair de uma cama de hospital, até que uma outra persona entra em cena. Um Bowie livre, criativo, que ainda pode ser um rock star. A letra também trata sobre o fim da vida: "Olhe aqui para cima. Eu estou no céu. Tenho cicatrizes que não podem ser vistas".
Se Blackstar foi de fato concebido como o ponto final de sua carreira, nunca saberemos. Mas Bowie, artista até o fim, soube encerrar de forma digna sua longa discografia. Aos fãs, resta ouvir seus discos, redescobrir pérolas escondidas, decifrar mensagens, manter o legado de Bowie vivo.
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