Quem tem menos de 20 anos, provavelmente, associa a imagem de David Duchovny ao canalha de Californication. Mas o personagem que o consagrou foi o agente Fox Mulder, da franquia Arquivo X. Efeito semelhante marca a trajetória de Gillian Anderson, cujos últimos trabalhos na televisão foram os seriados Hannibal e The fall. Mas a investigadora Dana Scully é sempre uma referência da carreira
[SAIBAMAIS] Na onda de resgates de séries consagradas, o retorno de Arquivo X é um dos mais esperados. Após 14 anos, o canal Fox decidiu retomar a obra, uma das referências do segmento de investigação e ficção científica. Os dois primeiros episódios - são seis - da décima temporada são exibidos nesta segunda-feira (25), a partir das 23h, na Fox Brasil, um dia após o lançamento nos Estados Unidos. Até a estreia, o canal faz maratona com episódios marcantes da produção.
Versão mais pop de Twin Peaks, a série influenciou produções como Supernatural e Fringe. No ar entre 1993 e 2002, a produção concentrou em casos relacionados a temas paranormais. Duchovny também era um dos roteiristas da obra, além de Chris Carter e Vince Gilligan, o criador de Breaking bad.
Atualmente, Duchovny filma a segunda temporada de Aquarius, enquanto Gillian se concentra na terceira e última fase de The fall. Em entrevista ao THR, ela afirmou que lhe ofereceram a metade do salário oferecido a Duchovny para ela, algo que ocorreu com “naturalidade” na década de 1990. No entanto, os produtores voltaram atrás e firmaram a igualdade salarial.
entrevista >> David Duchovny
Seu agente pediu para que não falasse de Arquivo X, mas na terça, 19, assisti ao primeiro episódio desse retorno. Já assistiu? Como foi se ver como Mulder?
Assisti. Foi interessante, acho. Ver a gente (ele e a coestrela Gillian Anderson) ali de novo é esquisito. Vai ser para os fãs também. Ainda acho uma boa série, acho que as pessoas vão gostar.
Mulder era conhecido pela frase: “Eu quero acreditar”, mas nem o mais ardoroso fã da série acreditava no retorno de Arquivo X após o filme de 2008, certo?
Você tem razão. Pensávamos se faríamos um novo filme ou não. O certo é que ninguém iria encarar uma nova temporada de 24 episódios. Mas a TV mudou. Fizemos seis episódios. E acho que pode ser um novo começo.
Bom, você já lançou um livro, gravou um disco, fez sucesso em duas séries diferentes, se aventurou no cinema. É possível dizer que você conseguiu esgotar toda a necessidade artística, não?
Eu, de fato, não penso que tenho mais algo a oferecer. Quero dizer, gostei de fazer música e vou continuar. Assim como ficção, quero me manter escrevendo. Acho que quero fazer mais filmes pequenos, afinal ainda gosto de atuar, mas dirigir mais longas é algo que gostaria de fazer. Quero dizer, se esse projeto conseguir me encontrar em meio a tudo isso
Você sempre flertou com a literatura, estudou, escreveu alguns episódios de série e um filme. De onde vem esse interesse?
Bom, meu pai era escritor. Ele lançou o primeiro livro dele em 1972 e morreu três anos depois. Tinha outros empregos, para pagar o aluguel, mas sempre se disse escritor. Então, de alguma forma, a literatura sempre fez parte da minha vida. Antes de eu pensar em que direção tomar na vida, já escrevia.
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