Literatura Escritor pernambucano defende igualdade de gêneros em livro místico Escritor Abel Menezes lança Tramas da vida, neste sábado (09), com quatro narrativas entrelaçadas

Por: Larissa Lins - Diario de Pernambuco

Publicado em: 09/01/2016 10:00 Atualizado em: 08/01/2016 20:47

Os baobás são fonte de inspiração do escritor Abel Menezes. Foto: Maria Alice Amorim/Divulgação
Os baobás são fonte de inspiração do escritor Abel Menezes. Foto: Maria Alice Amorim/Divulgação


A tecitura das rendeiras de Caruaru, cidade natal de Abel Menezes, no Agreste pernambucano, são a primeira imagem que vem à mente do escritor ao se referir ao novo livro, Tramas da vida (Editora Maya, R$ 40). Isso porque a história é uma costura de quatro narrativas: um músico, uma dançarina, uma cantora e um poeta se propõem a escrever um livro coletivo, e a troca de emails entre eles dá origem ao romance de Menezes. Hermes, Isadora (Ísis), Janaína (Yemanjá) e Dionísio, os protagonistas, têm os nomes inspirados em divindades e representam, ainda, os quatro elementos da natureza. A obra será lançada neste sábado (09), às 15h, aos pés do Baobá da Ponte D'Uchôa, com shows de Ayrton Montarroyos e Maurício Cavalcanti, além de performance da atriz Brenda Lígia.

A costura de referências - pinçadas pelo autor desde o doutorado em Antropologia, concluído na PUC, em São Paulo, em 2006 - é simbolizada pelo caduceu (duas serpentes entrelaçadas em torno de bastão, representando uma dupla espiral), que ilustra a capa do livro. “Além disso, os nove capítulos da obra representam os sete chakras do corpo humano, somados ao núcleo da Terra, que seria o oitavo chakra, e o corpo de Gaia, a Deusa Terra, que seria o nono”, explica Abel Menezes.

Escrito quando Tramas da vida já havia sido finalizado, o terceiro capítulo foi acrescentado ao livro para retomar os significados do feminino ao longo da história da humanidade, desde o Paleolítico. “É uma investigação. Quero apontar como e em que momento a figura feminina passou a ser considerada inferior e por quais razões”, diz o autor. Para apontar as possíveis primeiras rupturas na igualdade entre os sexos, ele explora recortes históricos como a Antiguidade Clássica e o século 1 d.C, quando Maria de Nazaré e Maria Madalena simbolizam, segundo Menezes, o rompimento entre o puro e o profano. “Tento encontrar a origem da negação do feminino, para reforçar a defesa da igualdade dos sexos.”

SERVIÇO
Lançamento do livro Tramas da vida

Quando: Hoje, às 15h
Onde: Ao pé do Baobá Ponte D’Uchôa (Av. Rui Barbosa, 1345 - Graças)
728 páginas, R$ 40

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